sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Obama para Eastwood: "Cadeira ocupada"
As provocações de Klint Eastwood na convenção republicana, ontem (veja o vídeo na postagem abaixo), foram respondidas por Obama com bom humor. Ele postou a foto acima em seu twitter, com a frase "Esta cadeira está ocupada!".
Dirty Harry em papo cabeça com Obama
Uma aparição-surpresa, seguida de um bizarro
discurso-diálogo com uma cadeira vazia onde deveria estar sentado um imaginário
Barak Obama. Esta foi a patética aparição da legenda hollywoodiana Klint
Eastwood, na convenção do Partido Republicano, na noite de ontem, 30 de agosto.
“Não seria hora de, talvez, permitir que um homem de negócios se torne
presidente?”, o ator ancião pergunta para a imóvel cadeira. A plateia delira.
“Quem
sabe, está na hora de o senhor liberar esta cadeira, para que o sr. Romney
sente nela”, continua a conversa com o imaginário presidente. “O senhor pode
até continuar usando o avião, talvez um menorzinho, que não gaste tanto
combustível, e viajar por aí apresentando planos malucos de recuperação
econômica”.
A conversa engraçadinha do ancião, que os fãs de Dirty Harry
(Perseguidor Implacável, 1971) aplaudiam com entusiasmo, não agradou muito aos dirigentes do partido. Mas o
velho conseguiu dizer uma frase com clareza: “Quando alguém não dá conta do seu
trabalho, precisamos demití-lo”.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Classe média brasileira sinistra
Uma impressionante análise da classe média brasileira, na
fala de Marilena Chauí na USP, no dia 28 de agosto. Ela fala da classe média paulistana, mas vi espelhada a classe média do Vale do Itajaí, sem tirar nem por. Vale a pena conferir e tirar as suas próprias conclusões.
Presidente tem que ser crente?
Uma nova batalha religiosa deu o tom típico e a cor do
preconceito à campanha presidencial norte-americana. O atual presidente, Barack
Obama, candidato democrata à reeleição, não é reconhecido por muitos americanos
como sendo cristão. Preconceituosamente, o seu nome lhe rende o rótulo de muçulmano,
embora seja cristão e já tenha afirmado isso durante a primeira campanha
presidencial, há quatro anos.
Ele vem reagindo de
modo irritado, dizendo que não é ofício do presidente ficar defendendo a sua fé
diante dos que dela duvidam e suspeitam que ele seja muçulmano. “Meu trabalho
como presidente não inclui convencer o povo que a minha fé em Jesus é legítima
e real”, dispara.
Já seu oponente do partido republicano, Mitt Romney, que é
mórmon, evita mencionar isso com muita frequência, já que sua religião é
encarada por muitos como uma seita pseudo-cristã. A religião tem tido um peso
acentuado para os dois candidatos e seu posicionamento pode ajudar a decidir a
eleição.
Segundo uma pesquisa, somente 49 por cento dos eleitores
americanos consegue identificar Obama como cristão. Já mais da metade dos
americanos sabe que Romney é mórmon, mas 30 por cento não acredita que a Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons, seja cristã.
“As pessoas perguntam muito sobre minha fé e o meu credo em
Jesus Cristo. Creio que ele é o filho de Deus e o salvador da humanidade. Mas
cada religião tem sua própria doutrina e história única. Isso não deveria ser
base para crítica, mas um teste para a nossa tolerância”, defende-se Romney.
Os dois concordam que candidatos a cargos políticos deveriam
ser julgados por seus atos e não por sua fé. Mas os dois também reiteram que a
religião tem um papel decisivo em suas vidas.
Em qualquer parte do mundo, o eleitor condena quem é aberto e se declara pouco afeito à religião e aceita até a fachada dos que aparecem em festas de igreja e nos cultos só para aparentar uma vida religiosamente engajada. Mas a maioria não vai além da fachada, bem dentro da velha constatação de Jesus em relação às pessoas da sua época: sepulcros caiados. São branquinhos por fora e cheios de ossos e podridão por dentro...
Por isso, devia valer como um dos lemas também para o nosso pleito municipal deste ano: "religião não faz eleição". Seja tolerante com a opção religiosa dos outros. Esqueça o cisco no olho do outro e mire na trave que se aloja no seu próprio... Um bom espelho costuma resolver.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Proibição da circuncisão irrita judeus na Alemanha
A circuncisão está para o judaísmo no mesmo patamar do
batismo para os cristãos. É igual a um sacramento, instituído por Javé como
sinal do pacto e de distinção do povo eleito em relação aos outros povos. No
oitavo dia de sua vida, todo menino judeu é submetido à circuncisão. Jesus, por
ser judeu, também foi circuncidado (Lucas 2.21).
A circuncisão é um procedimento litúrgico de caráter cirúrgico,
que consiste na retirada do prepúcio – a pele que cobre a glande do órgão genital
masculino. O termo circuncisão deriva
da junção de duas palavras
latinas,
circum e cisióne, e significa literalmente cortar ao redor.
A circuncisão é praticada há mais de cinco mil anos. Além dos judeus, a circuncisão também é
praticada pelo islã e por recomendação médica por razões de higiene, o que faz
com que cerca de um terço de todos os homens do mundo seja circuncidado.
Do ponto de vista religioso, o rito é sinal da aliança entre Deus e seu povo eleito, um
pacto marcado com a entrega de uma aliança de carne (anel prepucial), marcando
o ato de fé
no próprio corpo. Na antiguidade, o
descumprimento desse rito era passível de punição com a morte (Levítico 12.2s)
e era realizado no oitavo dia, mesmo que este caísse num sábado.
Só que agora, na Alemanha, não é mais qualquer rabino ou
grupo familiar que pode realizar o procedimento. Tem que ser um médico ou
alguém que tenha autorização legal para isso. A regulamentação, que a princípio
tem caráter meramente sanitário, jogou o cerimonial religioso dentro das
sinagogas na clandestinidade. Rabino que realizar o procedimento sem
habilitação/supervisão médica ou autorização legal está cometendo um crime.
Vários rabinos já foram indiciados na Alemanha por realizar o ato de forma
clandestina.
Além disso – no avanço dos direitos civis sobre as tradições
religiosas, como o uso da burca muçulmana, por exemplo –, a circuncisão está
sendo classificada como mutilação de menores, justamente por ser praticada em
crianças indefesas, causando dor e marcando seus corpos para sempre. Os
defensores do combate a tais ritos consideram bizarro o direito de decisão das
religiões pela mutilação de incapazes em nome da fé. Segundo eles, a
circuncisão viola três princípios constitucionais alemães: os direitos à
integridade física, à liberdade religiosa e ao cuidado parental.
O resultado de tudo isso é fácil de contabilizar. Está
criada a maior polêmica em relação aos judeus na Alemanha desde o holocausto.
O problema maior é que a lei tem evidente caráter xenófobo,
uma vez que a circuncisão também é praticada pelos muçulmanos, cuja comunidade
vem avançando cada vez mais na defesa de mudanças na lei alemã em respeito a
seus preceitos. Uma de suas reivindicações polêmicas é pelo direito de ensino
religioso islâmico nas escolas alemãs.
Para o bispo luterano Nikolaus Schneider, presidente do
Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD, sigla em alemão), a proibição
da circuncisão é uma agressão à identidade judaica. Segundo ele, uma prática
religiosa milenar não pode ser criminalizada.
O Conselho Alemão de Ética recomenda que a circuncisão seja
permitida, desde que realizada conforme procedimentos sanitários e médicos
regulados por autoridades de saúde, com estrita autorização dos pais, cuidados
anestésicos adequados e de modo profissional. Os conselheiros também pedem aos
legisladores para incluir o direito de veto à criança que não quiser ser circuncidada.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
As contas do planeta estão no vermelho
A ilimitada capacidade do ser humano de consumir os recursos
do planeta ultrapassou o potencial de reposição de recursos da Terra no dia 22
de agosto. Desde então, seria necessário outro meio planeta para dar conta de
tudo que a espécie humana consome num único ano. É como se a logística de
reposição do estoque do supermercado já tivesse encerrado o expediente e a loja
ainda estivesse lotada de compradores ávidos por prateleiras cheias de
mercadorias.
A constatação é da ONG Global Footprint Network (GFN), que
classificou o dia 22 de agosto como o “Global Overshoot Day”, ou o dia do
excesso global. Desde quarta-feira da semana passada, estamos consumindo mais
do que a natureza é capaz de repor no nosso planeta.
O pior é que isso não é coisa de agora. A overdose de
consumo vem se repetindo desde a década de 1970 e em constante aceleração no
esgotamento dos recursos da Terra. Tanto é assim, que neste ano alcançamos o “Global
Overshoot Day” 36 dias (mais de um mês!) antes do que no ano passado.
Ainda faltam quatro meses para terminar o ano e já esgotamos
os recursos a que tínhamos direito. A partir de agora, estamos sacando do cheque
especial, a fundo perdido. Ou seja, vivemos do crédito já há uma semana. As
nossas contas estão no vermelho. Só que, em lugar de crédito financeiro,
estamos usando crédito ecológico.
Segundo a GFN, “as crises ambientais e a crise financeira
que estamos enfrentando são os sintomas de uma catástrofe iminente. A
humanidade está simplesmente usando mais do que o planeta pode prover”.
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