Segundo um seminário Sul/Sul sobre seguridade social, que
está sendo promovido pelo Banco Mundial no Brasil durante esta semana, o Brasil
hoje “não é mais um laboratório de políticas sociais, mas uma universidade.
Quem quiser aprender sobre políticas sociais tem que vir ao Brasil”. O Brasil
virou referência mundial no assunto. O seminário tem representantes de 50
países.
Um dos principais motivos do entusiasmo do Banco Mundial é o
Bolsa Família, que segundo estudos não tem nada de paternalista ou que seja uma
forma de cooptar eleitores ou de promover a preguiça.
Há dezenas de programas acoplados ao Bolsa Família. Um
deles, por exemplo, é a meta do governo de matricular um milhão de pessoas no
Pronatec, que oferece cursos profissionalizantes de 400 horas que preparam de
pedreiros a cuidadores de idosos em mais de 530 cursos. Essa meta foi atingida
em março, nove meses antes do previsto.
Um bom exemplo do que o Bolsa Família pode promover é
possível observar em Cobrobó (PE), onde os investimentos federais fizeram a
venda de produtos da linha branca e de celulares dispararem, além da chegada de
agências bancárias à cidade, da ampliação da feira e de novos empregos sendo
criados.
Pesquisas científicas de organismos internacionais independentes
comprovam que o bolsa família não é nada disso do que falam os seus opositores.
O primeiro dado prova que a taxa de ocupação é de 75% entre os não
beneficiários do bolsa família e é exatamente o mesmo entre os beneficiários.
Nesse sentido, só pode haver de fato dois tipos de crítica continuada ao Bolsa Família. O primeiro tipo é o ideológico, de fazer oposição sem querer ouvir qualquer argumento: se é do PT não tem jeito, é ruim e acabou. O segundo motivo é de discriminação mesmo: pobre é tudo o que há de ruim no Brasil e pronto; é malandro, é aproveitador, é bandido, é dependente e cara de pau.
Particularmente, eu não acredito em nenhum dos dois argumentos, e te digo: o Banco Mundial também pensa como eu.