terça-feira, 9 de setembro de 2014

São Paulo falou, tá falado

Paulo Roberto Costa, o boca santa da vez.

O que dizer diante da recente polêmica em torno da Petrobrás? Ora, VEJA bem, eu diria...

Este país é engraçado. Tem uma montanha de gente que fala mal dos corruptos, quer vê-los atrás das grades a todo custo. E eu também penso que este é o melhor lugar para eles. Mas quando estão lá, não mais que repentinamente, eles viram arautos da verdade!

Não foi assim no caso do publicitário Marcos Valério? De repente, a boca dele virou santa! Tudo que ele dizia, em sua metralhadora giratória para salvar a própria pele, virava versículo bíblico.

Agora, o arauto da verdade chama-se Paulo Roberto Costa. Não é, Marina? Contra São Campos nada deve ser dito, porque é somente uma declaração sem provas. Mas que o resto da turma tem que ser investigado com rigor, ah, isso tem! Porque isso é mais que evidente que o que Costa afirma, pelas costas, só pode ter alguma verdade nisso...

Afinal, o fato de Paulo Roberto Costa ter sido exonerado como diretor da Petrobrás não tem nenhum valor aqui. No Brasil, principalmente naquela parte do Brasil que lê, incorpora e põe a mão no fogo por VEJA, ele é mais um santo.

Ex-diretor de abastecimento e refino da Petrobras entre 2004 e 2012, Costa é suspeito de intermediar negócios entre a estatal e fornecedores, e distribuir propina a políticos. Ele foi preso no dia 20 de março deste ano por tentar ocultar provas de esquema de lavagem de dinheiro e solto cerca de um mês depois. Em junho, voltou à prisão e aceitou acordo de delação premiada. Ou seja, faça aí uma listinha de nomes que a gente livra a tua cara!

Não me entendam mal, eu não tenho nenhuma boa palavra a dizer sobre qualquer um daquela listinha feita pelo Costa pelas costas para livrar as suas costas. Aquela turminha ali é da braba. Por isso, diante da chuva de coisas que cada um tem a resolver com a justiça, constar em mais uma lista não muda nada, não é? Mas para a VEJA, veja bem... muda tudo! Pode até mudar o Brasil, como seria bom isso, não é? Ainda mais se for para levar vantagem. Então tá...

DEPOIS DE WORMS, A CAÇADA A LUTERO

No último dia da Dieta de Worms, 26 de maio de 1521, já sem a presença de Lutero, foi decretado o Édito de Worms. O documento fora redigido ...