quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Um nó em Blumenau


Ontem aconteceu aquele temido nó no trânsito de Blumenau, que ninguém conseguiu ou soube desatar.Foi como espuma na cerveja: Vai se desfazendo aos poucos, lentamente, por conta própria. E olha que demorou horas!
Cada um no seu quadrado! Todo mundo sabe o que significa esta frase. Para trabalhar com medicina, tem que ser médico; farmácia tem que ter farmacêutico, pedagogia é coisa de professor. Só o SETERB, na nossa "germânica" Blumenau, não aprende. Se tiver algum engenheiro de tráfego a serviço daquela autarquia, melhor nem comentar. Porque de trânsito, ali, ninguém entende do riscado. Copiam Bierretzepte und Lederhosen da Alemanha mas ninguém por aqui nunca ouviu falar de engenharia de tráfego. Pelo menos, no SETERB, não.
Só três coisas que gente da área resolveria facilmente:
1. SEMÁFOROS NÃO SINCRONIZADOS. Taí algo que não dá para resolver de dentro do gabinete. Tem que ir para a rua, cronometrar, regular no capricho, dia sim dia não. Tem alguns aí, nos grandes gargalos do trânsito de Blumenau (que são muitos!!!), que ninguém regula faz anos.
2. MUITOS SEMÁFOROS. Em Blumenau impera a cultura do semáforo. Deu problema de fluxo em algum ponto, já vão metendo mais um poste de luzes piscantes, achando que é a solução.
3. LARGURA DAS FAIXAS. Alguém aqui já ouviu falar em SUPERLARGURA DE RODOVIAS? Pois é. É engenharia de tráfego pura. Questão de Física mesmo. O Google explica como se mede. Dá as fórmulas e tudo. Deem uma olhada no link e vocês vão descobrir que gargalos absurdos se formam em Blumenau só porque isso é um parâmetro amplamente desconsiderado pelos nossos "engenheiros" do SETERB. Basta passar uma única vez pela São Paulo, Beira Rio e Martin Luther para perceber, com nítida clareza, do que eu estou falando. Você consegue andar ali sem medo de perder um espelho, ainda que esteja dentro de um minicarro? E o SETERB não sabe porque ali sempre tem engarrafamento.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A graça de Deus é otária

Uma afronta ao bom censo. Assim seria classificada a ousadia trabalhista daquele vinhateiro. "Você quer subverter a ordem trabalhista em nosso meio?", perguntariam seus colegas proprietários de vinícolas. "Depois não se queixe, se não conseguirmos mais ninguém para colher as nossas uvas!".
É que ele havia decidido pagar o salário mínimo aos seus trabalhadores. Mas saiu em diferentes horários, pois não conseguiu todos os trabalhadores logo de manhã. Ao meio dia, contratou mais alguns. No final do dia, ainda encontrou alguns sem trabalho e os contratou também. E no final do dia, pagou igual pra todo mundo: um salário mínimo, conforme combinado. Ah, mas o barraco rolou solto, assim que os primeiros viram que a turminha do fim da tarde recebeu a mesma coisa. Imagina! Que absurdo! (Confira a história de Jesus, em Mateus 20.1-16).
"Eu sei o que vai acontecer", profetizou um dos viticultores naquela exacerbada reunião de classe... "Amanhã você vai sair para contratar trabalhadores e ninguém vai querer vir pela manhã. Mas lá pelas quatro horas da tarde, quando você ficar o dia todo sem colher nada, eles virão às pencas para trabalhar uma hora e receber o seu salário mínimo! Eu conheço bem este povo. Você é um otário!".
É uma história surreal. Subverte nosso conceito de justiça e trucida nossos padrões de economia. Somos capazes de criar o "meio salário mínimo", num país que tem o Salário Mínimo como padrão mínimo de pagamento a alguém, não é? "É justo!", dizemos, pois o cara só trabalhou meio período...
Para Deus não tem isso. Salário Mínimo é Salário Mínimo, e acabou. Isso é graça. Não importa se quem vem para receber a sua parte é Madre Tereza de Calcutá ou o ladrão que foi crucificado à direita de Jesus e pediu perdão pelos seus crimes no último segundo antes da meia noite...
A graça é otária. Assumidamente otária. E isso nos revolta, não é mesmo? Como pode Deus ser tão injusto que aceita aquele safado do meu vizinho que só aprontou a vida toda com a mesma serenidade com que recebe um cara que dedicou toda a sua longa vida e profissão à pregação do evangelho?
Lamento decepcioná-lo, mas Deus é tão otário que nem balança tem. E se você faz as contas de cada tostão que põe na caixa de ofertas da igreja ou de cada gesto de caridade que pratica, então você é mais otário do que Deus...
Agora, se você quer arriscar e ficar sem trabalhar o dia inteiro e ser contratado somente às 17 horas na expectativa de receber o mesmo dos dedicados trabalhadores que trabalharam o dia inteiro na colheita, é seu direito. Mas você pode ficar sem contrato e sem salário... Entendeu, otário?

DEPOIS DE WORMS, A CAÇADA A LUTERO

No último dia da Dieta de Worms, 26 de maio de 1521, já sem a presença de Lutero, foi decretado o Édito de Worms. O documento fora redigido ...