
O Haiti foi uma nação esquecida durante muito tempo. Neste momento trágico, a comunidade internacional junto com as forças sociais e políticas haitianas devem iniciar a grande tarefa de reconstrução do país. Não só a reconstrução dos destroços causados pelo terremoto, mas a construção de um país melhor que possa tirar os haitianos da situação crônica de pobreza.
O Brasil e os EUA foram convidados por Sarkozy (presidente francês) a participar da reconstrução do país. Estou convicto que o Brasil deve participar, mesmo porque somos um país gigante e temos condições de ajudar a este nosso irmão menor da comunidade das Américas.
Zilda Arns já estava fazendo uma parte importante no resgate social do Haiti e, tenho certeza, o trabalho da Pastoral da Criança não será interrompido por lá por causa da trágica morte da sua fundadora. Que seu exemplo seja seguido por muitos brasileiros e brasileiras em condições de promover a inclusão daquela nação, para além da ajuda de emergência.
O Haiti, o país mais pobre do hemisfério, já sofreu imensas perdas em vista dos furacões do ano passado. A catástrofe de agora claramente terá sérias consequências para o futuro do país, unido à terrível tragédia humana causada pelo terremoto. Será necessário um urgente esforço internacional para tratar das consequências imediatas, junto com o apoio de reconstrução de serviços e instalações em vista da destruição da existente, porém, inadequada infra-estrutura do país.
Como disse um desesperado soldado brasileiro, em telefonema ao seu pai, no Brasil: “Pai, o Haiti não existe mais!”. Cabe a todos nós a tarefa de colocá-lo de volta no mapa. Desta vez, com maior dignidade do que até aqui.
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