quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O que fazer com os templos vazios?




Durante um encontro sobre o futuro de prédios religiosos na Alemanha, em Saarbrücken, os participantes costuraram procedimentos comuns entre católicos e protestantes com relação a templos desocupados ou cujo uso foi alterado. Só na região em torno da cidade, 14 templos tiveram seu uso alterado e quatro foram demolidos nos últimos anos. Segundo os preocupados participantes do encontro, um em cada dez templos estará ameaçado de mudança de uso ou de demolição nos próximos anos em território alemão.

Fechar ou demolir um templo é o mesmo que acabar com todos os costumes e tradições que envolvem a sua existência, advertiram os participantes do encontro. Mas esta realidade não pode ser evitada, por conta da migração demográfica. Em 20 ou 30 anos, também o padeiro, o açougueiro e o correio abandonarão pequenas localidades e o fim de vilas inteiras também não está descartado. 

Manter um templo aberto em lugares assim seria dispendioso e inútil, afirmaram participantes do encontro. A elevação dos custos de manutenção faz com que cada vez mais comunidades religiosas queiram se desfazer de templos com pouco uso. Uma das saídas para a crise seria o uso comum de templos por católicos e protestantes, segundo o encontro.

Entre os motivos para a dramática situação de muitos templos em território alemão são a desfiliação religiosa e a fraca participação em cultos e missas. Segundo o pastor Thomas Frings, autor do livro “Gestaltete Umbrüche”, três por cento dos templos alemães já foram fechados. A comunidade islâmica está de olho nos templos em crise e já sinalizou com o desejo de adquirir alguns deles, o que é criticado pela comunidade cristã. A venda do templo Cafarnaum em Hamburgo, que deve virar uma mesquita, causou grande polêmica.

A realidade dos templos pouco frequentados também já bate na porta de muitos templos católicos e protestantes no Brasil. A preocupação deveria instalar-se entre nós, de preferência para perguntar pelos motivos que afastam os nossos membros dos cultos e das atividades da igreja.

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