quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Um retorno decepcionado

 Após um ano e nove meses longe deste blog, eu retomo esporadicamente meus apontamentos aqui. O faço por pura frustração. As redes sociais, mormente o Facebook e o Twitter, estão tão contaminados e adictos em teorias da conspiração que tornaram a humanidade um condomínio descaracterizado. 

No Facebook a gente se sente como Rose (Titanic) depois da morte de Jack Dawson, boiando sobre uma porta do navio naufragado, num mar gelado e repleto de cadáveres. Os ainda vivos estão em frágeis botes salva-vidas que se assemelham a ilhas em que se respira aliviado por ter escapado, mas não se perde a língua ferina da crítica áspera sobre os últimos acontecimentos antes do naufrágio. É menos para saber se os alvos das palavras rudes ainda estão vivos. tudo gira em torno de justificar a própria habilidade de ainda estar vivo em meio à tragédia do naufrágio geral, não importando quais artimanhas furam usadas para tal. Ademais, o próprio capitão Zuckerberg se encarrega de juntar seus admiradores e escolhidos nos intencionalmente escassos botes que foram lançados ao mar com o devido distanciamento social e o número reduzido dos que puderam embarcar.

O Twitter dispensa maiores comentários. Com sua restrição de quantidade de texto, é um espaço para quem afia a língua e atira bem com as palavras. A reflexão passa longe. Em alemão a gente chamava isso de "spitzen schmeissen" (atirar pontas). É toda comunicação possível naquele ambiente de olhares e frases que ferem... matam mesmo. Quando não se consegue o intento estripador, a gente cancela. Simples assim.

Assim, volto para cá. Aos poucos, bem sei. Mas, quem quiser que me siga ou me abandone.

2 comentários:

  1. Também estou pensando em reativar meu blog pessoal, onde não há tanta batalha de egos... Mas a perseguição vai continuar, irmão, vc conhece o ditado: "O mal não cansa". Fica firme!

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  2. Oi Clovis.
    É isso aí. O ambiente no facebook é tóxico.
    Mata a espiritualidade e comunhão.
    Já cadastrei teu blog e vou acompanhar.
    Paz

    Alexander

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