As escolas da Alemanha adotaram uma nova estratégia para combater o Bullying. Parte-se do princípio de que o castigo quase nunca é a melhor saída. Em vez disso, é adotada uma estratégia chamada “No Blame Approach”, algo como “aproximação sem culpar”. Acredite, funciona. Como numa escola, num ambiente de trabalho ou em qualquer lugar todas as pessoas têm o direito de se sentirem confortáveis, bem-vindas e aceitas, é necessário acabar com os absurdos cometidos pelo Bullying.
À estratégia, pois. Quando acontece um caso de bullying e é denunciado, acontece uma reunião com professores e orientadores. Quase sempre se chega à conclusão que não é apenas um aluno, mas diversos colegas de classe que estão envolvidos. Geralmente, Bullying é coisa de turma.Também é quase sempre o caso de que as vítimas são as mesmas ao longo de um bom período de tempo.
Com o consentimento dos pais, é formado um grupo de apoio dentro da classe em que acontece o caso. Intencionalmente, também alguns dos que praticaram bullying são integrados ao grupo. Nesse grupo, há um diálogo sobre o que houve e dizemos claramente que o nosso objetivo é impedir qualquer manifestação de bullying daqui para frente. Este grupo de apoio deve ajudar a escola nisso, combinando ações bem concretas para controlar e impedir. Um deles é designado para ficar de olho na sala, outro no pátio durante o recreio, um terceiro senta ao lado da vítima na Van de transporte escolar, ou depois da aula a acompanha na rua. A professora ajuda a controlar em sala de aula.
Alguns encontros garantem o apoio e o acompanhamento das ações de todos os envolvidos até que a melhora seja visível. Em 90 por cento dos casos, as escolas alemãs descobriram que este método funciona realmente, sem nenhum tipo de castigo e sem agressividade ou vingança.
O mais legal desse método é que ele não julga as pessoas pelos seus erros, separando o mundo em vítimas e culpados. As pessoas são muito mais do que os seus erros. Jesus disse, numa parábola, “assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender” (Lc 15.7). Dar um jeito nas “ovelhas perdidas” é questão de método, não de dedo apontado.
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