Este mapa foi divulgado ontem (19 de março) pela UNESCO. Classifica a diminuição drástica das reservas de água do nosso planeta até 2030. Segundo a ONU, essa redução deve chegar a 40 por cento. E não vai adiantar consolar-se que "o copo está meio cheio". Na verdade, ter 40 por cento menos água no copo será um drama, principalmente para as populações mais pobres do planeta.
O pior é que este não é um quadro sombrio acerca do nosso futuro. Já hoje, neste exato momento, 748 milhões de pessoas no planeta não têm acesso a fontes de água potável.
Mais ainda. Se você pensa que, só porque o Brasil parece tão verdinho nesse mapa da sede, não tem problemas com a água, o relatório da UNESCO desmente isso. Segundo a entidade, o Brasil está entre os países que mais registraram estresse ambiental após alterar o curso natural de rios. As mudanças nos fluxos naturais, segundo a análise feita entre o período de 1981 e 2010, mas que foi concluída em 2014, foram feitas para a construção de represas ou usinas hidrelétricas. Entre as consequências dos desvios estão uma maior degradação dos ecossistemas, com aumento do número de espécies invasoras, além do risco de assoreamento.
Só por isso, estamos pisando duplamente na bola no que diz respeito à questão ambiental. Ou seja, além de mudar drasticamente o curso de diversos rios importantes para todo o continente, esnobamos solenemente nosso potencial energético que pode ser produzido com energia solar.
Segundo a UNESCO, 20% dos aquíferos mundiais já são explorados excessivamente, o que pode gerar graves consequências como a erosão do solo e a invasão de água salgada nesses reservatórios.
Ou seja, estamos em curso de colisão com o futuro e não diminuímos a velocidade do nosso ônibus, nem desviamos. Estamos todos sentados nos bancos, dormindo a sono solto...
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