Imagem: Martim Lutero é sequestrado e levado à Wartburg
A Reforma Luterana tem uma forte ligação com a figura do asilo político. Assim que Martim Lutero disse que, "por razões de consciência" ele não podia renegar seus escritos, ele subiu o último degrau do que no século 20 passou a ser conhecido como "desobediência civil", que é uma forma de protesto político, feito pacificamente, que se opõe a uma ordem injusta e repressora.
Como resultado do que o imperador Carlos V e a Igreja consideravam uma insolência, veio a proscrição. O monge insolente perdeu a bênção da igreja e a proteção do estado. Só um asilo político poderia salvar a sua vida. Qualquer um que o matasse, nem seria chamado a depor. Talvez fosse ainda homenageado com uma medalha...
O asilo político de Martim Lutero veio com o seu sequestro. Ele, é claro, pensou que o seu fim havia chegado. Mas, seus sequestradores eram enviados pelo Príncipe Frederico, para salvá-lo de ser morto a pauladas, como uma serpente que surpreende um caminhante à beira da estrada.
Durante mais de um ano, Lutero foi um refugiado político no Castelo de Wartburg. Assim, foi ali que ele traduziu o Novo Testamento e organizou as suas ideias cuidadosamente. O movimento da Reforma tem em sua origem um forte ingrediente ligado aos direitos humanos e à condição de refúgio político. Portanto, 500 anos depois, em meio à maior crise de refugiados da história humana, a experiência de Lutero nos ilumina e inspira. (CHL)
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