sexta-feira, 20 de março de 2015

Metade vazia do copo será o principal problema

Este mapa foi divulgado ontem (19 de março) pela UNESCO. Classifica a diminuição drástica das reservas de água do nosso planeta até 2030. Segundo a ONU, essa redução deve chegar a 40 por cento. E não vai adiantar consolar-se que "o copo está meio cheio". Na verdade, ter 40 por cento menos água no copo será um drama, principalmente para as populações mais pobres do planeta.
O pior é que este não é um quadro sombrio acerca do nosso futuro. Já hoje, neste exato momento, 748 milhões de pessoas no planeta não têm acesso a fontes de água potável.
Mais ainda. Se você pensa que, só porque o Brasil parece tão verdinho nesse mapa da sede, não tem problemas com a água, o relatório da UNESCO desmente isso. Segundo a entidade, o Brasil está entre os países que mais registraram estresse ambiental após alterar o curso natural de rios. As mudanças nos fluxos naturais, segundo a análise feita entre o período de 1981 e 2010, mas que foi concluída em 2014, foram feitas para a construção de represas ou usinas hidrelétricas. Entre as consequências dos desvios estão uma maior degradação dos ecossistemas, com aumento do número de espécies invasoras, além do risco de assoreamento.
Só por isso, estamos pisando duplamente na bola no que diz respeito à questão ambiental. Ou seja, além de mudar drasticamente o curso de diversos rios importantes para todo o continente, esnobamos solenemente nosso potencial energético que pode ser produzido com energia solar.
Segundo a UNESCO, 20% dos aquíferos mundiais já são explorados excessivamente, o que pode gerar graves consequências como a erosão do solo e a invasão de água salgada nesses reservatórios.
Ou seja, estamos em curso de colisão com o futuro e não diminuímos a velocidade do nosso ônibus, nem desviamos. Estamos todos sentados nos bancos, dormindo a sono solto...

quinta-feira, 12 de março de 2015

Bullying, recuperar em vez de castigar

As escolas da Alemanha adotaram uma nova estratégia para combater o Bullying. Parte-se do princípio de que o castigo quase nunca é a melhor saída. Em vez disso, é adotada uma estratégia chamada “No Blame Approach”, algo como “aproximação sem culpar”. Acredite, funciona. Como numa escola, num ambiente de trabalho ou em qualquer lugar todas as pessoas têm o direito de se sentirem confortáveis, bem-vindas e aceitas, é necessário acabar com os absurdos cometidos pelo Bullying.
À estratégia, pois. Quando acontece um caso de bullying e é denunciado, acontece uma reunião com professores e orientadores. Quase sempre se chega à conclusão que não é apenas um aluno, mas diversos colegas de classe que estão envolvidos. Geralmente, Bullying é coisa de turma.Também é quase sempre o caso de que as vítimas são as mesmas ao longo de um bom período de tempo.
Com o consentimento dos pais, é formado um grupo de apoio dentro da classe em que acontece o caso. Intencionalmente, também alguns dos que praticaram bullying são integrados ao grupo. Nesse grupo, há um diálogo sobre o que houve e dizemos claramente que o nosso objetivo é impedir qualquer manifestação de bullying daqui para frente. Este grupo de apoio deve ajudar a escola nisso, combinando ações bem concretas para controlar e impedir. Um deles é designado para ficar de olho na sala, outro no pátio durante o recreio, um terceiro senta ao lado da vítima na Van de transporte escolar, ou depois da aula a acompanha na rua. A professora ajuda a controlar em sala de aula.
Alguns encontros garantem o apoio e o acompanhamento das ações de todos os envolvidos até que a melhora seja visível. Em 90 por cento dos casos, as escolas alemãs descobriram que este método funciona realmente, sem nenhum tipo de castigo e sem agressividade ou vingança.
O mais legal desse método é que ele não julga as pessoas pelos seus erros, separando o mundo em vítimas e culpados. As pessoas são muito mais do que os seus erros. Jesus disse, numa parábola, “assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender” (Lc 15.7). Dar um jeito nas “ovelhas perdidas” é questão de método, não de dedo apontado.

DEPOIS DE WORMS, A CAÇADA A LUTERO

No último dia da Dieta de Worms, 26 de maio de 1521, já sem a presença de Lutero, foi decretado o Édito de Worms. O documento fora redigido ...