quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O que são os direitos humanos



Direitos humanos são direitos e liberdades a que todos têm direito, não importa quem sejam nem onde vivam. Para viver com dignidade, os seres humanos têm o direito de viver com liberdade, segurança e um padrão de vida decente.

Os direitos humanos não precisam ser conquistados – eles já pertencem a cada um de nós, simplesmente por sermos seres humanos. Não podem ser retirados de nós – ninguém tem o direito de privar qualquer pessoa de seus direitos. 

Os direitos humanos são protegidos sob o direito internacional, fundamentados na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração expressa a busca pela dignidade humana e faz os governos se comprometerem com a defesa dos direitos humanos de todos. Nos mais diferentes lugares do planeta, as pessoas seguem lutando para que essa promessa se torne realidade.

Conheça a Declaração Universal dos Direitos Humanos e divulgue o seu conteúdo, aqui.

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(Trecho de um relatório da Anistia Internacional)

Xenofobia: Hospitalidade ameaçada


Por Clovis Horst Lindner

ARTIGO publicado no Jornal de Santa Catarina em 6 de novembro, sobre uma carta contra “baianos” em Brusque, desnuda entre nós um dos mais persistentes preconceitos da humanidade: a xenofobia. Ele continua firme e forte em pleno século 21, apesar de todo o discurso contra a discriminação e a exclusão. Está sólido como uma rocha na Europa, que se sente invadida por estrangeiros em busca de vida melhor, e tem diversos “monumentos” espalhados por aí, como as cercas que dividem Israel e Palestina, EUA e México e a Ilha de Chipre.
HOSPITALIDADE também nunca foi um sentimento de valor na região mais desenvolvida do Brasil (Sul e Sudeste). A discriminação contra os negros é histórica. Depois vem o também histórico desprezo por nordestinos em São Paulo e, mais recentemente, por bolivianos. A rejeição é bem comum também aqui entre nós, onde pessoas de fora têm sérias dificuldades de se “enturmar”.

DESCONFIANÇA define bem o sentimento contra quem não conhecemos. Também é o principal motivo da famosa Carta de Brusque, que acusa os “baianos” de tirarem o sossego do outrora traquilo “berço da fiação catarinense”. A carta foi distribuída no comércio e circula nas redes sociais, com a ameaça de limpar a cidade de pessoas indesejadas. O problema é que este panfleto apenas coloca no papel o que se pensa em muitos lugares.
ESCANCARA-SE na carta aquilo que sempre ficou meio oculto nas rodas de churrasco de domingo e em piadinhas contra minorias. Agora virou caso de polícia. A carta enquadra seus autores em dois artigos do Código Penal (Art. 140 sobre Injúria e Art. 147 sobre Ameaça) e na Lei 7.716/89 (crimes de preconceito).

A LEI é proteção contra injustiças e mau comportamento e somente ela deve ser usada para combater desvios, como os relacionados naquela malfadada carta como motivos para ameaçar os “baianos”. O Estado de Direito é componente fundamental de qualquer democracia. Não podemos abrir mão dele para fazer justiça com as próprias mãos, sob pena de nos tornarmos vítimas dessa justiça do olho por olho no futuro.
ENQUADRAR os autores daquela carta na lei, entretanto, também não resolve. Se eu fosse juiz, colocaria os 28 numa sala com tela de cinema e os faria assistir “Gran Torino”, seguido de um debate sobre xenofobia. O filme é uma aula de respeito ao estrangeiro que eu nunca esqueci. Também recomendo o filme e um debate sobre os muitos textos bíblicos que fomentam hospitalidade a estrangeiros para todas as nossas comunidades.

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Coluna Terra Brasilis da edição de Dezembro/2013 do jornal O Caminho.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A tragédia humana e o iPhone

Não deixa de ser instigante olhar para as grandes obras da pintura com um olhar do século 21. Quem se deu a este trabalho é o ilustrador coreano Kim Dong-Kyu, que fez interferências em obras de Picasso, van Gogh, Cézanne, Degas, Velásquez, Chagall, Renoir e outros grandes pintores. Ele incluiu equipamentos da Apple, como iPads e iPhones, que são verdadeiros ícones dos nossos tempos, nessas obras.

O resultado dá o que pensar. Num tempo em que a autoafirmação era construída nos relacionamentos e na vida social, tais elementos parecem desnecessários e deslocados. Ao mesmo tempo, mostra o quanto hoje se tornaram indispensáveis para muitos como elementos intrínsecos para a afirmação da própria personalidade.

Aqui, no impressionante retrato de Edvard Munch, "O Grito", ele conseguiu transformar esta obra irretocável da dramaticidade da vida humana numa espécie de charge de crítica pungente ao absurdo da pós-modernidade. Um iPhone quebrado no chão é a própria tragédia humana. Um belo resumo da nossa ópera bufa.

Se você quer ver outras interferências de Kim Dong-Kyu, siga este link.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O vídeo da rolha que ajuda a salvar nos partos

Este vídeo, que mostra a prática invenção de um mecânico argentino para tirar uma rolha de dentro de uma garrafa sem quebra-la, serviu de inspiração para criar uma nova forma de realizar partos difíceis, antes somente realizados por meio de fórceps ou sino. 

O próprio mecânico, o argentino Jorge Odón, teve a ideia numa madrugada insone e confeccionou a primeira bolsa plástica para realizar partos difíceis junto com a esposa. O vídeo da garrafa já foi visto por mais de 600 mil pessoas no YouTube. A ideia da bolsa de parto recebeu financiamento da Organização Mundial da Saúde, para que um dia possa salvar vidas, usando o mesmo princípio que Odón inventou para tirar uma rolha de dentro de uma garrafa. Genial!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pregado ao chão pelo escroto



Em protesto drástico contra as crescentes limitações aos direitos dos cidadãos na Rússia, o artista performático Pjotr Pawlenski  prendeu-se ao calçamento da Praça Vermelha, em Moscou, no último domingo. Completamente nu, Pawlenski passou um enorme prego pelo escroto e o fixou ao solo, entre os paralelepípedos.  Seu objetivo era chamar a atenção para a indiferença da sociedade russa contra a censura e o cerceamento aos direitos dos cidadãos, levando a Rússia a tornar-se um estado policial. A ação é uma metáfora para a apatia, a política indiferença e o fanatismo da moderna sociedade russa, explicou ele em um informe.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Xenofobia em Brusque

Artigo publicado no Jornal de Santa Catarina de hoje, dia 6 de novembro de 2013, expõe de modo dramático o lado mais baixo do "ordeiro povo" do Vale do Itajaí: seu preconceito contra pessoas de fora.

Segundo o SANTA, a carta que está sendo distribuída no comércio de Brusque e circula nas redes sociais. Ela foi formulada por um grupo que ameaça atacar pessoas vindas de outros estados. Tornada pública, agora a polícia está no encalço de seus autores.

Mais do que um alerta a imigrantes que vivem no município, a carta é uma ameaça real contra a integridade física e moral dos "estrangeiros" que vivem e trabalham em Brusque. A carta fala em nome de 28 integrantes de um grupo discriminatório, que estaria planejando agredir quem vem de fora. No texto, a justificativa para a ameaça é a perturbação de sossego.

Eis aí! O que sempre ficou meio oculto, nas rodas de churrasco de domingo e nas piadas idiotas contra minorias, agora é revelado de modo triste e vergonhoso. Espero que os autores da carta sejam identificados e punidos conforme a lei. Desde já, todos os 28 estão enquadrados em dois artigos do Código Penal - Art. 140 sobre Injúria e Art. 147 sobre Ameaça. Enquadram-se, principalmente, na Lei 7.716/89, que determina as punições cabíveis contra Crimes de Preconceito.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sweetie na caça aos pedófilos da internet



A ONG Terra de Homens anunciou no início de novembro (dia 4) que criou virtualmente uma menina filipina de 10 anos e conseguiu identificar mais de 1.000 predadores sexuais dispostos a pagar para vê-la em atos sexuais por câmera. Segundo a ONG, dezenas de milhares de pedófilos entraram em contato com a menina virtual Sweetie (foto) através de chats públicos para pedir que ela se exibisse sexualmente diante da webcam. O grupo conseguiu identificar mil deles com facilidade em 65 diferentes países, com endereços, números de telefone e até fotos. Com esses dados nas mãos, a ONG transmitiu todas as informações às autoridades competentes, em particular à Interpol.

A ONG deseja sensibilizar a opinião pública e as autoridades para o fenômeno da prostituição infantil na internet e está indignada pelo baixo número de pessoas presas pela prática do turismo sexual por webcam. Segundo a ONG, somente seis criminosos foram presos nos últimos anos. Para a Terra dos Homens, se a ONG conseguiu com facilidade todos os dados de mil pedófilos só com Sweetie, as autoridades de todo mundo deveriam poder identificar muito mais. A ONG alega que, com equipamentos um pouco mais sofisticados, teria facilmente conseguido identificar dez mil.

A Terra de Homens, que realizou uma petição mundial, explicou que informou sua forma de operar às autoridades de diferentes países, em particular como o perfil e a foto da menina foram criados, além de ter esclarecido como se conectou a chats para fazer os predadores caírem na armadilha. A ONG também afirmou, com números da ONU, que em qualquer momento 750 mil predadores pedófilos estão online na internet.

Enquanto isso, nas igrejas nós tratamos o tema Família como se fosse um erro defender os direitos das minorias homossexuais. Há muito mais perversão, no verdadeiro sentido desta palavra, escondida atrás de fugidas fortuitas ao mundo do sexo virtual (talvez até a partir da mesma escrivaninha em que se encontra o computador e um exemplar da bíblia ao lado). O verdadeiro rombo na moral da família em todo o mundo está nesses comportamentos sexuais cometidos entre quatro paredes, na internet, abusando de crianças ou dando respaldo à pornografia. Como diz a ONU, neste exato momento há 750 mil pedófilos online na internet! Não me espantaria se, amanhã ou depois, descobrissem algum bom cristão moralista entre eles...

DEPOIS DE WORMS, A CAÇADA A LUTERO

No último dia da Dieta de Worms, 26 de maio de 1521, já sem a presença de Lutero, foi decretado o Édito de Worms. O documento fora redigido ...