Não deixa de ser instigante olhar para as grandes obras da pintura com um olhar do século 21. Quem se deu a este trabalho é o ilustrador coreano Kim Dong-Kyu, que fez interferências em obras de Picasso, van Gogh, Cézanne, Degas, Velásquez, Chagall, Renoir e outros grandes pintores. Ele incluiu equipamentos da Apple, como iPads e iPhones, que são verdadeiros ícones dos nossos tempos, nessas obras.
O resultado dá o que pensar. Num tempo em que a autoafirmação era construída nos relacionamentos e na vida social, tais elementos parecem desnecessários e deslocados. Ao mesmo tempo, mostra o quanto hoje se tornaram indispensáveis para muitos como elementos intrínsecos para a afirmação da própria personalidade.
Aqui, no impressionante retrato de Edvard Munch, "O Grito", ele conseguiu transformar esta obra irretocável da dramaticidade da vida humana numa espécie de charge de crítica pungente ao absurdo da pós-modernidade. Um iPhone quebrado no chão é a própria tragédia humana. Um belo resumo da nossa ópera bufa.
Se você quer ver outras interferências de Kim Dong-Kyu, siga este link.
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