sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Você só é macho assim?


A violência doméstica é uma lamentável história que se repete indefinidas vezes por dia em muitos lares e, sem saber, muitas vezes também bem perto de nós, na nossa rua, na nossa vizinhança ou na parentagem. Quem sabe, ela até ronda perigosamente o nosso próprio lar...

Se você também é macho para bater em mulher, pelo menos, seja macho o suficiente para reconhecer que você é um covarde! Abaixo a violência doméstica!

Este cartaz da Amnesty International vai direto ao ponto, porque muitos casamentos terminam assim como este cartaz está, ironicamente, mostrando como começa. O anúncio foi produzido pela agência Air de publicidade, na Bélgica. Se lá no primeiro mundo uma em cada cinco mulheres é vítima de violência doméstica, imagina nesse nosso país, tão repleto de "machos"...

O pronunciamento de Margot Kässmann



Um espelho de coerência e ética, no qual todos e todas podemos nos olhar. Ele mantém e fortalece a nossa dignidade de filhos e filhas de Deus, que só podem contar com a Graça de Deus. Nossas obras, ah, nossas obras! De nada valem, a não ser para sustentar a nossa própria vaidade. E esta é vã, medíocre, hipócrita e... ridícula. A seguir, tomei a liberdade de traduzir e publicar na íntegra o depoimento da Dra. Margot Kässmann no dia em que anunciou seu arrependimento e sua renúncia irrevogável a todos os ministérios que ocupava na Igreja da Alemanha. Que ele permaneça como um marco da integridade de que o ser humano só é capaz a partir do Evangelho:

“No último sábado à noite eu cometi um grave erro, do qual me arrependo profundamente. Entretanto, mesmo com tal arrependimento, e que tenha feito a mim mesma todas as acusações que, de modo justificado, devem ser feitas em tal situação, não posso e não quero fechar os olhos para o fato de que o ministério e a minha autoridade de bispa territorial, bem como de presidente do Conselho da Igreja, estão prejudicados. Eu não poderia mais, no futuro, apontar e opinar sobre os desafios éticos e políticos com a mesma liberdade que tinha até agora. A áspera crítica a uma afirmação numa prédica, como esta de que “nada está bem no Afeganistão”, só pode ser enfrentada quando a força pessoal de persuasão é reconhecida de maneira absoluta.

Um de meus conselheiros ontem me deu suporte para a caminhada com uma palavra de Jesus Sirach: “Permanece naquilo que te aconselha o teu coração” (37.17). E o meu coração me diz com toda a clareza: Não posso permanecer no ministério com a necessária autoridade. Muita coisa que tenho lido (na imprensa) não condiz com a dignidade deste ministério. Mas, além do ministério, também penso que isso tem a ver com respeito e consideração por mim mesma e por minha coerência, que significa muito para mim.

Dessa maneira, declaro que a partir deste momento eu renuncio a todos os meus ministérios eclesiásticos. Fui bispa de corpo e alma por mais de dez anos e usei todas as minhas forças nesta tarefa. Permaneço pastora da Igreja Territorial de Hannover. Juntei múltiplas experiências após 25 anos de minha ordenação, que apreciaria aplicar em outro posto.

Lamento decepcionar muitos que me pediram para permanecer no ministério, sim, que confiadamente me elegeram para exercer estes ministérios. Agradeço a todas as pessoas que me apoiaram e carregaram tão maravilhosamente, por todas as mensagens e flores, que fizeram muito bem à minha alma nesses dias. Ao Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha (IEA) eu agradeço muito por ter expresso sua confiança em mim de maneira explícita ontem à noite.

Sou grata a todos os colaboradores e colaboradoras na Igreja Territorial de Hannover e na IEA, que me apoiaram de maneira profissional ou voluntária. De modo especial agradeço à minha equipe mais direta, que se manteve fiel a mim durante diversas tempestades. Agradeço a todos os amigos e amigas e a todos os bons conselheiros. Também agradeço às minhas quatro filhas por carregarem comigo esta decisão de maneira tão clara e evidente e por estarem junto comigo aqui.

Por último: Eu sei, baseada em crises anteriores: Não se pode cair mais fundo do que dentro da mão de Deus. Também hoje sou grata por esta convicção de fé.

Hannover, 24 de fevereiro de 2010

Dra. Margot Kässmann”

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Lição de humildade

Todo mundo comete erros. A toda hora estamos escorregando para a vala. O maior dos nossos erros, entretanto, é a presunção de não admiti-los e de julgar-se melhor do que os outros.

Margot Kässmann, mais uma vez, não decepcionou. Pega pela polícia alemã no último final de semana dirigindo alcoolizada, ela não titubeou. Assumiu o erro, em sua opinião gravíssimo, e hoje de manhã abriu mão da presidência da Igreja Evangélica na Alemanha e do seu bispado de mais de uma década. Cresce a minha admiração por ela. Pelo seu caráter e pela ousadia e clareza em suas atitudes. Não tem meio termo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Duas décadas de Mandela livre



Libertado há 20 anos, Nelson Mandela é hoje uma das poucas unanimidades vivas do planeta. Sua libertação foi celebrada na África do Sul e no mundo no último dia 11 de fevereiro.

Depois de passar 27 anos preso em Robben Island por sua luta contra o Apartheid – a política racial que dominou a África do Sul durante boa parte do século 20 –, ele poderia ter simplesmente ido para casa curtir a liberdade. Afinal, já era um ancião de 70 anos. Entretanto, ele optou por cumprir sua missão.

Nelson Mandela tornou-se símbolo da luta pela igualdade racial. Mais do que isso, lançou as bases sólidas para erguer uma nova África do Sul, que era um caldeirão prestes a explodir numa sangrenta guerra civil. Abraçando seus inimigos e perdoando seus algozes, Mandela construiu a democracia racial na nação que tinha o racismo na sua Constituição Federal.

Ganhador do Nobel da Paz (1993) e eleito primeiro presidente negro da África do Sul (1994), Mandela, hoje com 92 anos, está afastado das decisões políticas. O país avançou rapidamente nos últimos tempos rumo à democracia racial. “Mandiba”, como é carinhosamente chamado por seu povo, é dos poucos seres humanos vivos hoje que são colocados no mesmo pedestal dos santos.

Sua vida é um exemplo a ser ensinado nas escolas, como tema obrigatório. Mandiba é daquelas pessoas que tornam a humanidade mais humana e digna de crédito. O novo filme de Clint Eastwood sobre seu empenho pessoal, no primeiro ano como presidente da África do Sul, para fazer do time local de Rugby o campeão do torneio mundial de 1995 em Johannesburgo, é um belo recorte desta biografia impecável. “Invictus” é imperdível e emocionante. A propósito, Morgan Freeman (Mandela) e Matt Damon (François Pienaar, capitão dos Stringboks) estão impecáveis no filme.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Hidro-pirataria na foz do Rio Amazonas


Já começou. No século em que a maior disputa não será por petróleo mas por água potável, navios-tanque estrangeiros estão fazendo um despudorado tráfico de água doce captada no Brasil.

A denúncia está na revista jurídica Consulex 310, de dezembro de 2009, num texto sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o mercado internacional de água. Segundo a revista, “navios-tanque estão retirando sorrateiramente água do Rio Amazonas”. Empresas transnacionais, como a Nordic Water Supply Co., da Noruega, já firmou contrato de exportação de água para a Grécia, Oriente Médio, Madeira e Caribe.

A água é captada na foz do rio, onde cada embarcação é abastecida com 250 milhões de litros de água doce a ser engarrafada na Europa e Oriente Médio. O interesse pela água farta do Brasil é grande, uma vez que é mais barato tratar águas usurpadas (US$ 0,80 o metro cúbico) do que realizar a dessalinização das águas oceânicas (US$ 1,50).

A prática já vem ocorrendo há algum tempo e foi denunciada pela Agência Amazônia já há três anos. Nada de concreto foi feito até o momento para acabar com a hidro-pirataria. Para a revista Consulex, “essa prática ilegal, não pode ser negligenciada pelas autoridades brasileiras, tendo em vista que são considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seus domínios (CF, art. 20, III).

Ainda segundo a revista, o transporte internacional de água já é realizado através de grandes petroleiros, que saem de seu país de origem carregados de petróleo e retornam com água. Uma nova tecnologia permite o transporte transatlântico de grande quantidade de água em bolsas, projetadas conforme a necessidade e que excedem em muito a capacidade de petroleiros e podem ser arrastadas pelos oceanos por rebocadores convencionais. A técnica já é utilizada no Reino Unido, Noruega ou Califórnia.

A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local da foz do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área.

As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A zona do euro está uma zona


Depois da queda de Wall Street, parece que tem mais coisa caindo. A Europa está apavorada com a zona que se instalou na União Européia. O grande barco capitalista está fazendo água do outro lado do Atlântico. O maior buraco do momento é o que foi aberto pela Grécia, integrante da UE. Seus graves problemas econômicos estão na mesa de negociações hoje, na cúpula dos chefes de estado da UE em Bruxelas. Um pacote de ajuda a Atenas está sobre a mesa dos nervosos comandantes. O desespero fez a turma do euro botar a mão no bolso para não ver a água chegar a níveis irreversíveis.

A Grécia não é o único país com problemas na zona do euro. Portugal também enfrenta sérios problemas no mercado financeiro. Os especuladores estão apostando na derrocada dos títulos públicos do país. O governo em Lisboa implantou um programa impopular de contenção de gastos, com congelamento dos vencimentos dos funcionários públicos, para reduzir o déficit orçamentário de quase 10 %. Na Irlanda, o déficit público subiu para 12,5% do PIB no ano passado, o segundo maior índice no bloco, após a Grécia. A causa são os gastos-recorde para o salvamento de bancos. A Itália deu uma melhorada no índice, mas continua na UTI da UE.

Alguns peritos em finanças também consideram muito preocupante a situação da Espanha, que é uma das principais economias da UE. Desde o estouro da bolha imobiliária, a construção civil parou no país. O endividamento público espanhol foi de 11,4% do PIB em 2009. Madri quer economizar 50 bilhões de euros nos próximos três anos.

Ver e emudecer

Multidão se despede de Zelaya



Por essa muita gente não esperava! Interessante observar que a grande imprensa fez de conta que isto não aconteceu...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A barbaridade da mutilação genital feminina

A ex-modelo somali Waris Dirie combate a prática em todo o mundo. Ela própria é vítima da mutilação e sua história está no seu livro "A Flor do Deserto".

As mulheres são submetidas a três tipos de mutilação genital. Na primeira é retirado somente o clitóris, na segunda também é retirada parte dos pequenos lábios e na terceira toda a genitália é removida, permanecendo somente um pequeno orifício para a passagem da urina e do fluxo menstrual.


O dia 6 de fevereiro é o Dia Internacional Contra a Mutilação Genital Feminina. Cerca de 150 milhões de mulheres em todo o mundo são mutiladas em todo o mundo e este número aumenta em cerca de três milhões de meninas a cada ano que passa. Com pretensas motivações religiosas e morais, inspirada na circuncisão masculina, famílias submetem meninas a partir dos cinco anos de idade à retirada do clitóris.

Está enganado quem acha que este é só mais um dos muitos problemas da África. Segundo a ex-modelo somali Waris Dirie, ela própria vítima da prática, este "é um problema mundial, não apenas africano. Acontece em todo o mundo, e com uma frequência muito maior do que se imagina. É chocante e decepcionante ver os políticos internacionais se omitindo dessa forma".

Waris iniciou em Berlim uma campanha mundial contra este tipo de prática, na busca de leis mais rigorosas para quem pratica a mutilação genital feminina. Ela denuncia que os políticos do mundo inteiro têm boa retórica porém poucos resultados práticos. As principais vítimas são meninas de 28 países africanos ao sul do Saara. Mas é uma prática comum também em países fora da África, como Omã e Iêmen. Na Europa e na América do Norte há famílias de imigrantes que chegam a viajar a seus países de origem para submeter suas filhas à prática violenta.

A organização de defesa dos direitos da mulher Terre des Femmes se empenha desde 1983 contra a mutilação de mulheres, sobretudo na África. Em Burkina-Faso, por exemplo, 300 voluntárias combatem a mutilação genital feminina com o incentivo e o apoio financeiro da organização. Essas mulheres visitam vilarejos e informam a população sobre as consequências nocivas dessa prática. Até agora, 32 mil meninas puderam ser protegidas da mutilação em consequência desse trabalho voluntário.

A associação LebKom e.V. ("comunicação viva com mulheres em sua própria cultura") desenvolve projetos no Quênia, a fim de proteger as meninas, fortalecer as mulheres e mobilizar os homens. No Quênia, assim como no mundo inteiro, são os homens que decidem e determinam as regras dentro da família e na sociedade, por isso a concentração sobretudo no trabalho com os homens.

Segundo a Deutsche Welle, na Alemanha vivem 20 mil mulheres mutiladas, sendo que 5 mil meninas correm o risco de serem submetidas à mutilação. É por isso que a Terre des Femmes iniciou uma campanha de assinaturas em colaboração com o centro de planejamento familiar Balance, a fim de assegurar que as vítimas realmente obtenham financiamento para serem examinadas, orientadas e operadas.

Na Alemanha, uma mudança na legislação sobre o tema está sendo levada adiante. Os estados de Baden-Württemberg e de Hessen já apresentaram ao Bundesrat, câmara alta do Parlamento alemão, um projeto de lei que prevê uma pena de prisão de pelo menos dois anos para casos de mutilação genital.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Só mais dois anos?


Volta e meia, a indústria do cinema nos bombardeia com alguma superprodução apocalíptica. O filme 2012 é só mais uma. Vi e não gostei, embora aprecie os efeitos especiais. Imaginar a crosta terrestre instável e quebradiça como a casca de um ovo cozido é deveras impressionante. Mas 2012 tem clichês demais. Inspira-se em outros filmes do gênero, como “O Dia Depois de Amanhã”, “Terremoto”, “Independence Day” e até “Titanic”. O final do filme é uma mistura dos botes salva-vidas do Titanic com imensas naves que lembram a arca de Noé, onde só os “bons” têm lugar. Sobra um exagerado ufanismo patriótico norte-americano. Pior! Aposta numa saída que não existe para a humanidade: levar boa parte dos humanos a outro planeta para continuar sua falha civilização.

É só mais uma história cavada em velhos manuscritos mal-interpretados por uma avalanche de suposições. O calendário Maia termina em 2012. Bem, o meu calendário termina no dia 31 de dezembro todos os anos. No dia 1º de janeiro começa um novinho em folha e a vida continua, enquanto a profecia bíblica de João está intacta há dois mil anos, despertando mentes férteis e medos de toda ordem.

Lutero não gostava do Apocalipse. Para ele, é um livro que não deveria estar no cânone bíblico. Para mim, deve sobrar desta obra de João a sua visão fantástica de uma nova criação. O amor de Deus nos prepara uma casa nova, limpinha e cheirosa, onde se entra para ser feliz, pleno, completo e novo. Por que ter medo, se o que nos espera é tão bom que ninguém jamais viu coisa igual? Tanto faz quando isto vai se realizar. Do jeito que está o mundo, se for em 2012 melhor ainda!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Publicidade na Igreja?


Hoje é dia do publicitário. Com tantos anos envolvido diretamente no dia-a-dia dessa gente criativa, na Mythos Comunicação, eu já me sinto parte deste time. Como obreiro da IECLB, sinto que está faltando muito dessa ginga criativa, dessa vontade de comunicar-se dentro da Igreja.

Gostamos tanto de dizer que a função primordial da igreja é propagar o evangelho, divulgar a boa nova, mas não temos feito muito neste sentido. Nossas atitudes nos desabonam, nosso anúncio é opaco e nossa denúncia é nula. Acomodamo-nos de tal maneira, que o que queríamos originalmente acabou se voltando contra nós. O mundo nos olha com descrédito e a sociedade já não nos encara com seriedade.

Há, porém, um grupo de igrejas cristãs que faz uso ostensivo, predatório do marketing e da publicidade. Mas vende peixe podre e diz que é sagrado. Usa o evangelho como instrumento de enriquecimento e de exploração da fé alheia. Mete as duas mãos nos bolsos dos mais desesperados, com promessas muito mais nocivas do que propaganda enganosa.

O meio publicitário tem leis que proíbem esse tipo de prática. O meio publicitário tem ética, regras e respeito pelo consumidor. Quando passa dos limites, logo tem alguém para impedir que se prossiga no caminho do engano.

Nessas "igrejas" vale tudo e não há um CONAR para impor limites.

Enquanto isso, as igrejas tradicionais se preocupam muito mais em defender seu conservadorismo. Poderiam lançar mão de ferramentas poderosas do meio publicitário para dar visibilidade ao cerne do Evangelho de Jesus Cristo, contribuindo para uma real transformação da nossa sociedade, cada vez mais perdida em seus valores e preceitos. Preferem deixar a luz apagada, em lugar de acender boas ideias.

Se Martim Lutero foi tão oportuno, em sua época, de não se negar a usar astutamente a recém-surgida e poderosa ferramenta da invenção de Guttenberg, por que não podemos nos inspirar em seu entusiasmo? Há um mundo de recursos à nossa disposição no meio publicitário e de marketing. Talvez, um bom começo seria a desmistificação da ideia de que isso não serve para a Igreja. O marketing e a publicidade são instrumentos legítimos para a nossa missão. Condená-los ao inferno é a maior das bobagens.

DEPOIS DE WORMS, A CAÇADA A LUTERO

No último dia da Dieta de Worms, 26 de maio de 1521, já sem a presença de Lutero, foi decretado o Édito de Worms. O documento fora redigido ...