O passamento de Nelson Mandela, no dia 5 de dezembro, aos 95
anos de idade, fez pipocar em todos os noticiários, em todas as mídias, um mar
de informações sobre um acontecimento histórico que não deve ser esquecido.
Já mencionei aqui que a biografia de Madiba não pode ser
esquecida pela humanidade, por conta de suas extraordinárias lições. Nelson
Mandela devia estar no currículo de história de todas as escolas. E não somente
como simples menção que se faz a heróis, mas como referência, como Beispiel.
A humanidade fica mais pobre sem ele. Mas a humanidade ficou
mais humana com a sua passagem entre nós.
Meu justificado temor é somente um: que o seu legado vire
apenas uma estátua em praça pública, nome de rua e de praça, memorial aqui e
ali. Prefiro que ele seja uma marca em nossos corações.
Madiba não é somente a alma da África do Sul. Madiba é a
essência do que o Criador imaginou, ao criar o ser humano à sua imagem e
semelhança. Se há algumas referências que apontam na direção de que nós somos
imagem e semelhança de Deus elas são bem poucas. Mas Nelson Mandela certamente
está entre elas.
Nelson Mandela foi um ser humano excepcional. Aqui, um pequeno fato marcante de sua personalidade: logo após a sua eleição para presidente, ele deixou a vila presidencial à cargo de seu vice, Frederik de Klerk, que foi seu antigo rival. Após passado um ano do seu mandato, ele convidou as viúvas dos ex-presidentes, que o haviam lançado 27 anos na prisão, para um chá, inclusive Betsy Verwoerd, cujo marido Hendrik F. Verwoerd foi um dos principais arquitetos do Apartheid. Esta senhora já com 94 anos, bastante debilitada, não teve condições de participar do chá, então Nelson Mandela foi visitar a ex-primeira dama em sua casa.
ResponderExcluirOsmar Hinkeldey, via Facebook