Uma notícia que foi mantida quase em segredo no Brasil é a
onda de protestos contra a maior produtora de sementes transgênicas do mundo, a
Monsanto. A maior multinacional de manipulação de sementes do mundo está no
Brasil desde 1963 e produz sementes transgênicas de soja, milho e algodão.
Os protestos contra a Monsanto mobilizam multidões em vários
países. Tudo começou no Facebook. Depois, os protestos se espalharam por mais
de 50 países e 430 cidades. No último final de semana, as demonstrações contra
a Monsanto atingiram dois milhões de pessoas. Por aqui, apenas uns “gatos
pingados” participaram.
Os manifestantes acusam a multinacional de fazer uso de
sementes modificadas para obter o monopólio da indústria alimentícia e de
forçar a dependência dos agricultores. A acusação não é nova. Nenhum outro
grupo prioriza tanto investimentos em alimentos geneticamente modificados como
a Monsanto, que também adota a política de comprar empresas menores, aumentando
cada vez mais de tamanho, estabelecendo um quase monopólio das sementes no
mundo.
Entre outras evidências da política de monopolizar o setor
está o fato de que os agricultores precisam comprar novas sementes a cada ano.
A tentativa de fazer a multiplicação da semente por conta própria, alega a
Monsanto, configura uma violação de patente. Para obter o mesmo resultado,
também é necessário aumentar o uso de agrotóxicos anualmente, quesito no qual o
Brasil é campeão mundial de uso há quase uma década.
Segundo o site da Deutsche Welle, o Greenpeace considera
este ciclo perverso: “Essas plantas precisam ser testadas em animais nos
laboratórios, como se fossem medicamentos. Existem plantas suficientes no mundo
que podem ser cultivadas sem precisarem de tais testes”. A organização
considera sementes geneticamente modificadas desnecessárias, com riscos
potenciais que geralmente não podem ser estimados.
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