O apresentador Jô Soares recebeu, ontem à noite, o elenco do Santos no Programa do Jô. Logo no início os santistas levaram uma bronca porque na semana passada alguns atletas se recusaram a descer do ônibus e visitar crianças portadoras de paralisia cerebral e outras deficiências que estão numa instituição assistencial espírita. A turma dos “evangélicos”, que condena o espiritismo e não quer nem ouvir falar de relações ecumênicas, puxou a frente da atitude pouco civilizada dos atletas.
Sem querer insistir muito no “puxão de orelha”, Jô aliviou o que chamou de “bronquinha”, afirmando que os jogadores eram jovens e poderiam errar. Também o técnico Dorival Júnior entrou no “deixa disso”, dizendo que deve ser programada uma outra visita para amenizar o erro: “É possível uma volta sim, mas no momento certo. O episódio ficou no passado, todos erram”.
André, Fábio Costa, Léo, Marquinhos, Neymar, Paulo Henrique Ganso, Robinho, entre outros, não desembarcaram do ônibus para visitar a instituição por questões religiosas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa às crianças. Do ponto de vista humanitário, a atitude é lamentável. Do ponto de vista do respeito pela crença alheia, é inaceitável, especialmente porque naquele momento a questão religiosa era a menos importante. Atitudes de intolerância, como esta, somente aumentam as divisões.
Não vai demorar muito para que tais hostilidades explícitas e gestos de intolerância marquem momentos lamentáveis em nossos campos de futebol. A rivalidade já está em campo em nome do esporte, tão decantado como fator de união entre os povos, coisa que eu questiono. Não vai ser difícil tal rivalidade levar à intolerância em nome da pretensa “ortodoxia”. Cristãos arrogantes, atletas com o ego inflado e torcedores misturando as cores do time com convicção religiosa... um coquetel perfeito.
Sem querer insistir muito no “puxão de orelha”, Jô aliviou o que chamou de “bronquinha”, afirmando que os jogadores eram jovens e poderiam errar. Também o técnico Dorival Júnior entrou no “deixa disso”, dizendo que deve ser programada uma outra visita para amenizar o erro: “É possível uma volta sim, mas no momento certo. O episódio ficou no passado, todos erram”.
André, Fábio Costa, Léo, Marquinhos, Neymar, Paulo Henrique Ganso, Robinho, entre outros, não desembarcaram do ônibus para visitar a instituição por questões religiosas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa às crianças. Do ponto de vista humanitário, a atitude é lamentável. Do ponto de vista do respeito pela crença alheia, é inaceitável, especialmente porque naquele momento a questão religiosa era a menos importante. Atitudes de intolerância, como esta, somente aumentam as divisões.
Não vai demorar muito para que tais hostilidades explícitas e gestos de intolerância marquem momentos lamentáveis em nossos campos de futebol. A rivalidade já está em campo em nome do esporte, tão decantado como fator de união entre os povos, coisa que eu questiono. Não vai ser difícil tal rivalidade levar à intolerância em nome da pretensa “ortodoxia”. Cristãos arrogantes, atletas com o ego inflado e torcedores misturando as cores do time com convicção religiosa... um coquetel perfeito.
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