terça-feira, 27 de abril de 2010

Martin Schneider completa 80 anos


Ele não é tão conhecido entre nós, mas o seu hino é um dos mais cantados do HPD: “Graças, Senhor, eu rendo muitas graças”. Gerações de jovens e gente de todas as idades tem entoado este hino ao longo de décadas, não somente na IECLB, mas em todo o mundo cristão. Trata-se de uma das canções cristãs mais populares dos últimos 50 anos em todo o mundo.

Martin Gotthard Schneider, músico e teólogo protestante, completou 80 anos no último dia 26 de abril, na Alemanha. A sua canção, que tem tradução para mais de 25 idiomas, é entrementes a única que atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso popular na Alemanha, por seis semanas seguidas.

“Graças” surgiu em 1961, está na maioria dos hinários evangélicos e ainda hoje é a canção mais popular de encontros como o Dia da Igreja ou de cultos jovens ao redor do mundo, mesmo depois de 50 anos. Na gravação do coral Botho-Lucas e da banda “Die Ärzte”, a canção conheceu o sucesso das paradas em 1963.

O compositor Martin Schneider nasceu em 1930, em Constança, e compôs inúmeros hinos. Entre os mais conhecidos também está “Qual barco singra pelo mar, a Igreja do Senhor”.

Suas canções inauguraram uma nova tendência de explicitar os conceitos da fé de forma simples e popular, afastando a formulação da fé da atribuição exclusiva do pastor sobre o púlpito. Com esta postura, Schneider acertou em cheio o coração de toda uma geração de cristãos que, atingida pelos ventos renovadores do rock e do pop, queriam um novo jeito de ser igreja, com canções menos baseadas no som dos pesados órgãos medievais e de canções acompanhadas por guitarras, baixos e bateria.

A sua mais famosa canção foi composta para um concurso de novos hinos, da Academia Evangélica de Tutzing, em 1961, ganhando o primeiro lugar. As melodias desses hinos deveriam inspirar-se em estilos como o jazz e a música popular. Obviamente, tudo isso não aconteceu sem “veementes protestos” de lideranças eclesiásticas mais conservadoras. Especialmente os teólogos e os músicos da igreja teriam se distanciado da canção de sucesso no primeiro momento. Para eles, a melodia era muito simplista e o texto raso demais.

3 comentários:

  1. Legal saber um pouco mais sobre o hino, seu compositor e a história de sua origem. Copiei o texto para expô-lo nos encontros nesta semana, nos quais vamos novamente cantá-lo. Parabéns, Clóvis, pela iniciativa. Serviços assim sempre ajudam em nosso ministério, muitas vezes tão sobrecarregado na agenda que não conseguimos navegar atrás de tão importantes informações. Abraço. Germanio - Paróquia Martin Luther.

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  2. Prezado Clovis:

    muito obrigado p/ lembrança dos 80 anos de Martin Gotthard Schneider e tb p/ texto
    em s/ “blog”! Qto ao surgimento de s/ mais conhecida canção na IECLB, surgiro
    consultar o pastor Dorival Ristoff, Rio de Janeiro.

    “Danke” e um abraço, A. Baeske

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  3. Estimado Baeske!
    Você tem toda razão! O Dorival Ristoff, juntamente com o Walter Schlupp, prestaram um incomensurável serviço à IECLB ao publicarem um livreto com hinos novos para os jovens, com posições para violão. Lembro bem deste cancioneiro, com uma capa azul e um violão desenhado, escrito Canções Novas. Nas últimas páginas havia as cifras das posições usadas no caderno. Aprendi a tocar violão com este cancioneiro na mão e era o animador do nosso grupo de jovens em Rio do Sul. Entre eles, a canção "Graças, Senhor, eu rendo muitas graças, por este novo dia. Graças, Senhor, a ti eu devo toda a alegria!". Como não lembrar da canção: "Se uma boa amizade você tem, louve a Deus, pois a amizade é um bem!". Foi a primeira que eu aprendi a tocar com um violão que ganhei do grupo de jovens, ao completar 15 anos... A história do Dorival ainda precisa ser escrita em nossa IECLB!

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