“Quando se corre muito, há que parar e esperar pela alma”, diz um provérbio dos índios Guarany, antigos habitantes do Brasil meridional. Dá até a impressão de que os Guarany já anteviam a correria em que a humanidade se enfiou na atualidade. Se eles tinham sensibilidade para perceber quando a vida estava muito agitada, e tinham a sensação de estar ultrapassando suas próprias almas, o que nós vamos dizer?
A nossa alma come poeira desde a infância! Ja nos primeiros anos de vida, uma criança tem muitas tarefas para cumprir, em muitos casos já com compromisso como curso de línguas, atividades esportivas e outros. Na vida adulta, a impressão que se tem é que a alma já nem mais consegue alcançar a maioria das pessoas. Junto com a alma, ficaram para trás a capacidade de reflexão, de ter tempo para recuperar o fôlego e até mesmo de conseguir parar para apreciar algo marcante ou bonito, como uma abelha colhendo o néctar de uma flor.
Por isso, ainda hoje, procure dar um tempo. Pare por algum tempo com tudo o que está fazendo e sente-se numa pedra para que a sua alma possa alcançá-lo novamente. Você verá quanto perdeu correndo tanto.
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