Um grupo de políticos e de pessoas de destaque da sociedade
europeia lançou, em Berlim-Alemanha, um manifesto por mais ecumenismo. O documento tem o título “Ecumenismo Já – Um Deus,
uma Fé, uma Igreja”.
Entre os primeiros 20 subscritores do documento estão o
apresentador de TV Günther Jauch, o escritor Arnold Stadler, o ex-presidente
alemão Richard von Weizsäcker, e diversos políticos alemães.
Segundo os organizadores, o manifesto expressa impaciência
com o atual ritmo das negociações entre as denominações cristãs visando maior
aproximação e integração. “Aqui embaixo já fomos muito mais longe do que lá em
cima”, diz o professor de teologia Günter Brakelmann, criticando a lentidão da
aproximação ecumênica entre as lideranças das igrejas.
O principal objetivo do manifesto é chamar a atenção para o
descontentamento das bases das igrejas em relação a estruturas eclesiais
enferrujadas e evidenciar que há muito mais similaridades do que discrepâncias entre
católicos e protestantes.
O documento pede que as autoridades eclesiásticas das
igrejas não degredem o ecumenismo “a uma terra de ninguém entre as confissões”.
Na atualidade, a separação entre as igrejas não é politicamente desejada, nem tem
razão de ser, diz o manifesto.
Eles também pedem que o processo vá além de “reconhecimento
mútuo”. “Este é um objetivo necessário, porém muito pequeno!” O que realmente está
em jogo é a unidade da igreja, processo que precisa ser agilizado com urgência.
Mais do que um escândalo secular, a divisão entre as
confissões do cristianismo é inadmissível no século 21 e é resultado da arrogância
e da intransigência. A teimosia da separação é um claro testemunho de nossa
incapacidade de concretizar intra muros
o que pregamos para fora das nossas quatro paredes. Falar de paz, aceitação,
respeito e inclusão da boca para fora enfraquece o discurso e desacredita o
anúncio do evangelho.
Por isso, eu me associo ao manifesto dos intelectuais
alemães: “Ecumenismo Já!”. E com consequências práticas. Tem mais. Junto-me aos
mais afoitos assinantes desse manifesto, que pleiteiam o fim da exclusividade
do comando do processo de aproximação nas mãos das lideranças eclesiásticas. Se
eles não conseguiram andar bem até hoje, deixem para quem tem boa vontade e
disposição real de “jogar no mesmo time”. O mundo do século 21 precisa de um
cristianismo unido, dando um testemunho de que a sua pregação não é para inglês
ver.
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