Uma ousada montagem do cenário da Santa Ceia com os personagens do seriado Lost: abundância sobre a mesa.
Em nossa sociedade, tão afundada no consumismo desenfreado e sem controle, perdeu-se completamente a capacidade de moderação. Tudo é exagerado. Ostentação, poder aquisitivo, excesso, exibição é o que importa. Não queremos abrir mão de nada, nem quando se deveria ser contido, resguardado, comedido, recatado.
Em nossa sociedade, tão afundada no consumismo desenfreado e sem controle, perdeu-se completamente a capacidade de moderação. Tudo é exagerado. Ostentação, poder aquisitivo, excesso, exibição é o que importa. Não queremos abrir mão de nada, nem quando se deveria ser contido, resguardado, comedido, recatado.
E já que estamos na Semana Santa - um tempo tradicionalmente reservado ao jejum! -, nada melhor do que falar da Última Seia. Lembrada na Quinta-Feira Santa, nela Jesus reuniu os seus discípulos em torno de uma mesa, na noite antes de sua crucificação, para repartir com eles o pão e o vinho. A famosa noite deu origem ao sacramento da Eucaristia, que marca a tradição de toda a cristandade, em todas as confissões. A Eucaristia lembra o sacrifício de Jesus Cristo pela humanidade. O pão é o seu corpo e o vinho é o seu sangue. Em torno deste jantar repleto de simbologia gira o cerne da fé cristã.
Pois, uma nota na IstoÉ desta semana divulga a pesquisa de cientistas americanos em torno do famoso quadro "A Última Seia", pintado por Leonardo da Vinci, que gerou inúmeras reproduções. A conclusão dos pesquisadores é impressionante. Segundo eles, ao longo dos séculos - especialmente nos últimos anos - a mesa vai se tornando mais e mais farta. A proporção dos alimentos aumentou nos quadros pintados ao longo dos últimos anos. O prato principal cresceu 69% e o pão cresceu 66% sobre a mesa do Senhor.
Não se trata de uma simples multiplicação, como se poderia supor. Transparece claramente neste fato a incapacidade humana de lidar com o pouco, o racionado, o limitado. Não se admite que Jesus, ao repartir o mínimo com os seus discípulos - e por intermédio deles com toda a humanidade - estava justamente dando o essencial, ou seja, a salvação em sua própria morte e ressurreição.
Parece que, para a humanidade consumista que viemos a ser, isto é muito pouco. Não bastam o pão e o vinho. Afinal, um jantar que seja digno deste nome tem que ser farto. E a mesa farta sempre foi símbolo de prosperidade e abundância.
Uma coisa que sempre me intrigou foi a seguinte: Já que era uma santa ceia onde Cristo Jesus repartiria o pão e o vinho. O pão significaria o corpo de Cristo e o vinho seu sangue. mas não aparece na mesa nenhuma taça onde seria servido o vinho como se explica?
ResponderExcluirRespondendo ao comentario anterior, a falta do calice deve ter sido um esquecimento ou algum motivo pessoal do proprio da vinci, pois não tem como ele saber oq de fato ocorreu, simples e puramente pq ele viveu 1500 anos depois da santa ceia.
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