Margot Kässmann acompanhada das quatro filhas
Nesta antevéspera do dia da mulher, eu volto mais uma vez aos recentes acontecimentos com Margot Kässmann. A primeira mulher a presidir o conselho da igreja protestante da Alemanha continua sendo um maravilhoso exemplo do que as mulheres são capazes de realizar. Não me refiro à sua brilhante passagem pelo bispado de Hannover e à quase unanimidade que amealhou na Alemanha como uma mulher de fibra, que tem convicção e coragem para carregar o mundo nas costas sozinha, para dizer o que deve ser dito e para buscar a coerência absoluta entre a prática e o discurso.
Refiro-me à sua determinação de ir até o fim. Ela foi literalmente soterrada por uma avalanche nas últimas semanas. E ela aguentou firme, sem titubear. Foi até o fim com o que deveria ter sido feito. Exatamente do jeito que as mulheres, mesmo as mais anônimas, sempre procederam. Se o leite está derramado, importa limpar tudo. O que não pode é deixar rastro, arestas, pontinhas em que se possa pendurar o que quer que seja. Com o coração sangrando, as mulheres são capazes das atitudes mais impressionantes.
Assim como as duas Marias no domingo de Páscoa. De que adiantaria fazer o mesmo que os homens e trancar-se atrás de portas sem saber o que fazer? Se Jesus estava morto, e sofreu do jeito que sofreu, o que importava era preparar o seu corpo para um descanso eterno digno. Graças a esta determinação, de não deixar para depois, de fazer o que tem que ser feito, as Marias foram as primeiras testemunhas da ressurreição e suas primeiras arautas.
E pensar que depois disso a Igreja fez de tudo para que elas não tivessem direito à palavra. As primeiras testemunhas da ressurreição do Senhor foram caladas durante séculos...
Margot Kässmann poderia ter se calado, depois da avalanche. Mas ela falou o que tinha que ser dito. E espero, sinceramente, que tal qual uma Maria do século 21, ela não cale a sua voz de testemunha tão eloquente, tão eficiente, tão coerente do Evangelho de Cristo. Eu sei que não o fará. Mesmo em alguma paróquia perdida numa vila qualquer do interior da Alemanha, ela continuará fazendo o que deve ser feito. Sem pestanegar. Exatamente do jeito das mulheres.
Inspirado no legado de Margot Kässmann, desejo mil bênçãos a todas as mulheres, neste dia da mulher, 8 de março. Não desistam! Vocês, tenho certeza, irão fazer o que tem que ser feito para que este mundo seja melhor, mais justo, mais íntegro, mais ético e, sobretudo, mais bonito. Mesmo que tentem impedir, vocês não desistirão. E isso é o que todos temos que aprender com vocês...
Refiro-me à sua determinação de ir até o fim. Ela foi literalmente soterrada por uma avalanche nas últimas semanas. E ela aguentou firme, sem titubear. Foi até o fim com o que deveria ter sido feito. Exatamente do jeito que as mulheres, mesmo as mais anônimas, sempre procederam. Se o leite está derramado, importa limpar tudo. O que não pode é deixar rastro, arestas, pontinhas em que se possa pendurar o que quer que seja. Com o coração sangrando, as mulheres são capazes das atitudes mais impressionantes.
Assim como as duas Marias no domingo de Páscoa. De que adiantaria fazer o mesmo que os homens e trancar-se atrás de portas sem saber o que fazer? Se Jesus estava morto, e sofreu do jeito que sofreu, o que importava era preparar o seu corpo para um descanso eterno digno. Graças a esta determinação, de não deixar para depois, de fazer o que tem que ser feito, as Marias foram as primeiras testemunhas da ressurreição e suas primeiras arautas.
E pensar que depois disso a Igreja fez de tudo para que elas não tivessem direito à palavra. As primeiras testemunhas da ressurreição do Senhor foram caladas durante séculos...
Margot Kässmann poderia ter se calado, depois da avalanche. Mas ela falou o que tinha que ser dito. E espero, sinceramente, que tal qual uma Maria do século 21, ela não cale a sua voz de testemunha tão eloquente, tão eficiente, tão coerente do Evangelho de Cristo. Eu sei que não o fará. Mesmo em alguma paróquia perdida numa vila qualquer do interior da Alemanha, ela continuará fazendo o que deve ser feito. Sem pestanegar. Exatamente do jeito das mulheres.
Inspirado no legado de Margot Kässmann, desejo mil bênçãos a todas as mulheres, neste dia da mulher, 8 de março. Não desistam! Vocês, tenho certeza, irão fazer o que tem que ser feito para que este mundo seja melhor, mais justo, mais íntegro, mais ético e, sobretudo, mais bonito. Mesmo que tentem impedir, vocês não desistirão. E isso é o que todos temos que aprender com vocês...
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