Hoje, o primeiro dia de outubro, desde o ano de 2003 é o Dia
Internacional da Pessoa Idosa. Criado pela ONU, este dia quer chamar a nossa atenção
para a situação de todas as pessoas em nossa sociedade que envelhecem. É um
caminho inevitável e, para a esmagadora maioria de quem tem este “privilégio”,
qual seja, de ficar velho, não se trata definitivamente de um privilégio, mas
de um doloroso crepúsculo da vida.
Segundo dados do IBGE nos últimos 50 anos o percentual de
idosos no Brasil mais que dobrou. Em 1960 cerca de 3,3 milhões tinham mais de
60 anos o que representava 4,7% da população; em 2010 eram 20,5 milhões ou 8,5%
da população.
Seus direitos, garantidos em estatutos (do Idoso e outros),
não são respeitados. A vida entre as quatro paredes do lar é de dor e opressão,
o acesso a tratamento de saúde minimamente digno (garantido pela nossa
Constituição) não é uma realidade, e a dependência de remédios que custam os
olhos da cara reduz ainda mais a magra aposentadoria, tornando a chamada “melhor
idade” num verdadeiro inferno antecipado.
O dia de hoje é uma ótima oportunidade para levantarmos
algumas questões para discussão e reflexão, como o envelhecimento da população
brasileira, idosos e o mercado de trabalho, qualidade de vida, atenção do
governo em relação a saúde, lazer, previdência, etc.
Desde 2003, os direitos dos idosos no Brasil são protegidos
pelo Estatuto do Idoso. Ali diz que eles têm direito de adquirir medicamentos
gratuitos nos postos de saúde, prioridade nas filas, isenção de transporte
público, descontos em atividades culturais, esporte e lazer, entre outros.
Mas nem sempre esta inclusão garantida por lei se concretiza
na prática. Por isso, este dia de hoje serve especialmente para que cada um de
nós faça um pouco mais no sentido de transformar a inclusão da pessoa de idade
numa cultura em nossa sociedade. Se temos crianças abandonadas, na outra ponta temos
idosos abandonados, indigentes, submetidos as violência e desrespeito, tratados
como estorvo e com o desejo nem sempre só oculto de que “finalmente morra”. Para esses, a velhice não é nenhum privilégio, mas ficar velho é uma m...
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