segunda-feira, 18 de março de 2013

Um Esquenta contra a intolerância religiosa



Ontem, zapeando pela tv sem rumo em meio a tanta bobagem, parei por alguns minutos no programa “Esquenta”, que tem Regina Casé como apresentadora. Já faz algum tempo que considero este programa uma ilha de bom senso em meio a tanta futilidade. Regina, em meio a muita música e convidados das mais diferentes origens, consegue fazer um programa cheio de cultura, com forte ênfase no combate à intolerância e à exclusão.

Ontem ela se superou. Convidou representantes das religiões, num leque amplo que foi do candomblé a um padre, passando por um rabino judeu (que disse coisas absolutamente ricas e profundas sobre a fé!), com cantores gospel e gente bem-informada do meio artístico (como Carlinhos Brawn, por exemplo). Regina conduziu o programa como um recorte perfeito contra a intolerância religiosa.

Disse, entre outras coisas, que o Brasil sempre foi um país “da paz”, em que se evita o confronto e o conflito. Que Deus ama a paz e se manifesta de maneiras tão diferentes quando as igrejas evangélicas, o catolicismo ou o candomblé, e que essas diferentes percepções de Deus devem ser respeitadas. Lamentou que está surgindo um clima de confronto e de intolerância entre as religiões, também no Brasil, mostrando dados concretos. Comentou cque infelizmente a religião tem fomentado muita discórdia e até guerras. Não queremos isso aqui no Brasil, disse. Deus é amor e respeito, antes de tudo. Deus é paz, não importa de que maneira cremos nele ou como esta fé se manifesta.

São mensagens assim que precisam ser divulgadas. Parabéns a Regina Casé por seu esforço na busca por um ecumenismo popular, de aproximação e de aceitação das diferenças. Parabnes à Regina por promover o respeito e a tolerância, a aceitação e a convivência. E ela não só falou, discursou ou pregou. Ela praticou! Juntou as principais diferenças no seu palco e mostrou quanta riqueza, quanto louvor, quantas mensagens ricas e belas sobre Deus se manifestam nas diferentes maneiras de viver a fé. Gostei e aplaudo!

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