Demorou, mas a “TatuFoz do Brasil” virou capa do Santa. Pomposamente
auto-apresentada como da “Organização Odebrecht” – como se isso fosse sinônimo
de qualidade –, a empresa transformou a cidade em solo lunar, espaço de rally, com
corredores intransitáveis.
Mais do que isso, a empresa não sabe fazer as obras da
gigantesca tarefa que assumiu, de canalizar os dejetos humanos de Blumenau para
um destino menos poluidor. Em várias esburacadas frentes em que iniciou suas desastradas
obras a empresa abriu e fechou valos ao menos duas vezes, em alguns casos, como
no trevo da Coca-Cola, com risco de engolir carros inteiros nos mal tapados
valões.
Agora eis o resultado: com 265 trechos de ruas com defeitos
absurdos, constatados pela fiscalização, a TatuFoz está proibida de cavocar
novos buracos por aí sem fechar direitinho esses quase 300 que deixou pela
cidade. E agora, ainda vão berrar para receber mais dinheiro? É muita cara de
pau!
A realidade é que a empresa já engoliu milhões e deixou a
loira Blumenau com cara de moça cheia de acne, com muita celulite e até
cicatrizes absurdas por todo o corpo. A beleza de Blumenau se foi pelo ralo da
Foz.
Mas, ainda assim, nem mesmo o indignado jornal da RBS é
capaz de admitir que a privatização de obras públicas, no mínimo, também não
resolve os problemas da administração pública. Tão afeita a escrever furibundos
editoriais para desancar as esquerdas e louvar atos de privatização, A RBS não é
capaz de admitir que a iniciativa privada também erra, é incompetente, só quer
o dinheiro e não sabe fazer. A TatuFoz é nosso mais recente portfólio de
incompetência da iniciativa privada fuçando nas coisas públicas. Eca!
Tenho muitas saudades dos tempos em que a prefeitura
resolvia as coisas. Era tarefa dela patrolar as ruas, fechar buracos, colocar
tubos e calçamento, asfaltar, trocar ralos quebrados e fazer tudo o que diz respeito
ao funcionamento da infraestrutura das cidades. E olha que havia um tempo em
que faziam isso com uma patrola, um caminhão basculante, alguns tratores e
operários muito dedicados, que entendiam do riscado.
Hoje, é lá no espaço destinado às obras públicas que há um
imenso cabide, onde se penduram todos aqueles correligionários e cabos
eleitorais que para nada mais servem do que para transformar a cidade numa
grande vaca cheia de tetas. Quem poderá nos salvar desses tempos de desastrada
administração das coisas públicas?
Há 20 anos atrás, já existia equipamentos na Samae que descobria furos em canos sem precisar escavar nada. Abriam, faziam o conserto e depois fechavam com uma camada de asfalto mínima e ficava tudo lindo. Hoje, com toda tecnologia que temos no mundo a Foz está fazendo tarefas de modo amador em Blumenau. Chega dessa palhaçada. Alguém tem que intervir. Falta de vergonha na cara.
ResponderExcluir- Qual é a empresa que faz o serviço mais barato?
ResponderExcluir- Uma tal de Foz do Brasil...
- Pode chamar!