terça-feira, 16 de abril de 2013

Um portfólio de incompetência em Blumenau



Demorou, mas a “TatuFoz do Brasil” virou capa do Santa. Pomposamente auto-apresentada como da “Organização Odebrecht” – como se isso fosse sinônimo de qualidade –, a empresa transformou a cidade em solo lunar, espaço de rally, com corredores intransitáveis.

Mais do que isso, a empresa não sabe fazer as obras da gigantesca tarefa que assumiu, de canalizar os dejetos humanos de Blumenau para um destino menos poluidor. Em várias esburacadas frentes em que iniciou suas desastradas obras a empresa abriu e fechou valos ao menos duas vezes, em alguns casos, como no trevo da Coca-Cola, com risco de engolir carros inteiros nos mal tapados valões.

Agora eis o resultado: com 265 trechos de ruas com defeitos absurdos, constatados pela fiscalização, a TatuFoz está proibida de cavocar novos buracos por aí sem fechar direitinho esses quase 300 que deixou pela cidade. E agora, ainda vão berrar para receber mais dinheiro? É muita cara de pau!

A realidade é que a empresa já engoliu milhões e deixou a loira Blumenau com cara de moça cheia de acne, com muita celulite e até cicatrizes absurdas por todo o corpo. A beleza de Blumenau se foi pelo ralo da Foz.

Mas, ainda assim, nem mesmo o indignado jornal da RBS é capaz de admitir que a privatização de obras públicas, no mínimo, também não resolve os problemas da administração pública. Tão afeita a escrever furibundos editoriais para desancar as esquerdas e louvar atos de privatização, A RBS não é capaz de admitir que a iniciativa privada também erra, é incompetente, só quer o dinheiro e não sabe fazer. A TatuFoz é nosso mais recente portfólio de incompetência da iniciativa privada fuçando nas coisas públicas. Eca!

Tenho muitas saudades dos tempos em que a prefeitura resolvia as coisas. Era tarefa dela patrolar as ruas, fechar buracos, colocar tubos e calçamento, asfaltar, trocar ralos quebrados e fazer tudo o que diz respeito ao funcionamento da infraestrutura das cidades. E olha que havia um tempo em que faziam isso com uma patrola, um caminhão basculante, alguns tratores e operários muito dedicados, que entendiam do riscado.

Hoje, é lá no espaço destinado às obras públicas que há um imenso cabide, onde se penduram todos aqueles correligionários e cabos eleitorais que para nada mais servem do que para transformar a cidade numa grande vaca cheia de tetas. Quem poderá nos salvar desses tempos de desastrada administração das coisas públicas?

2 comentários:

  1. Há 20 anos atrás, já existia equipamentos na Samae que descobria furos em canos sem precisar escavar nada. Abriam, faziam o conserto e depois fechavam com uma camada de asfalto mínima e ficava tudo lindo. Hoje, com toda tecnologia que temos no mundo a Foz está fazendo tarefas de modo amador em Blumenau. Chega dessa palhaçada. Alguém tem que intervir. Falta de vergonha na cara.

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  2. - Qual é a empresa que faz o serviço mais barato?

    - Uma tal de Foz do Brasil...

    - Pode chamar!

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