A homenagem do Google Doodle de hoje lembra os 366 anos do
nascimento da alemã Maria Cibylla Merian (1647-1717), natural de Frankfurt.
Filha de desenhista, casada com um pintor e apaixonada por insetos, Maria contribuiu
para desmistificar uma crença que perdurava desde a época do filósofo Sócrates,
a de que as borboletas e os insetos em geral nasciam da lama, a partir de
geração espontânea. Ela fez isso a partir de meticulosa observação da
metamorfose do bicho da seda e de outras larvas, que se transformavam em belas
borboletas. Desenhista de traço fino e caprichado, ela publicou diversos livros
com suas obras, ilustrando toda a metamorfose em detalhes.
Aos 52 anos, como todos os apaixonados naturalistas desde o
descobrimento do continente americano, esteve por um período na América do Sul,
na floresta amazônica, na região hoje conhecida como Suriname, a Guiana
Holandesa. Durante a sua estada, ela não
só ilustrou a vida dos insetos e as plantas da floresta, como se envolveu com
questões indígenas e da escravidão, criticando o tratamento dispensado pelos
fazendeiros holandeses aos indígenas e aos negros. Em sua peregrinação pela
Guiana, ela conheceu as fazendas e o tratamento dispensado aos nativos e aos escravos.
Dois anos depois ela volta a Amsterdam e publica a obra The Metamorphosis Insectorum Surinamensium
(A Metamorfose dos Insetos do Suriname), publicada em 1705, dez anos antes dela
sofrer um derrame que a paralisou parcialmente, morrendo dois anos depois do
derrame.
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