terça-feira, 2 de abril de 2013

A desenhista da metamorfose



A homenagem do Google Doodle de hoje lembra os 366 anos do nascimento da alemã Maria Cibylla Merian (1647-1717), natural de Frankfurt. Filha de desenhista, casada com um pintor e apaixonada por insetos, Maria contribuiu para desmistificar uma crença que perdurava desde a época do filósofo Sócrates, a de que as borboletas e os insetos em geral nasciam da lama, a partir de geração espontânea. Ela fez isso a partir de meticulosa observação da metamorfose do bicho da seda e de outras larvas, que se transformavam em belas borboletas. Desenhista de traço fino e caprichado, ela publicou diversos livros com suas obras, ilustrando toda a metamorfose em detalhes.

Aos 52 anos, como todos os apaixonados naturalistas desde o descobrimento do continente americano, esteve por um período na América do Sul, na floresta amazônica, na região hoje conhecida como Suriname, a Guiana Holandesa.  Durante a sua estada, ela não só ilustrou a vida dos insetos e as plantas da floresta, como se envolveu com questões indígenas e da escravidão, criticando o tratamento dispensado pelos fazendeiros holandeses aos indígenas e aos negros. Em sua peregrinação pela Guiana, ela conheceu as fazendas e o tratamento dispensado aos nativos e aos escravos.


Dois anos depois ela volta a Amsterdam e publica a obra The Metamorphosis Insectorum Surinamensium (A Metamorfose dos Insetos do Suriname), publicada em 1705, dez anos antes dela sofrer um derrame que a paralisou parcialmente, morrendo dois anos depois do derrame.

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