Segundo o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, uma das
maiores dificuldades enfrentadas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), da
qual é membro, é a constatação de que muitos documentos sobre a repressão
política durante a ditadura foram eliminados. “Muitos arquivos foram
queimados”, disse ele.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson
Dipp, coordenador da CNV, conta que a comissão já realizou uma série de
requisições às Forças Armadas, “mas ainda estamos esperando resposta”. Queremos
saber se há documentos e, se não há, quem destruiu ou quem determinou a
destruição, completou Dipp.
Questionado sobre a possível falta de cooperação dos
comandos militares aos pedidos da CNV, Gilson Dipp argumentou que “o momento
pelo qual passa a sociedade brasileira não justifica que não haja colaboração
de todos os órgãos institucionais, inclusive porque eles têm a obrigação legal
de informar”. As informações foram colhidas no lançamento da Comissão da Verdade da Ordem dos Advogados do Brasil, ontem dia 26 de julho.
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