Em artigo agressivo e espinhoso (http://www.spiegel.de/kultur/gesellschaft/0,1518,766381,00.html), a revista Spiegel desancou Kässmann por conta das suas afirmações sobre o envolvimento bélico do exército alemão no Afeganistão, dizendo que a sua poêmica da guerra é falsa e banal. "Não há guerra justa; somente há uma paz justa", desafiou a teóloga e pastora. Entre outras afirmações, disse que em vez de combater os talibãs, os cristãos deveriam unir-se a eles em oração pela paz. O artigo da revista Spiegel foi qualificado por alguns de ranso antiprotestante.
Para o Spiegel, "não se sabe se Jesus virá, mas a pastora estará lá, em todos os casos". Na visão da revista semanal "Kässmann voltou a pregar política. Ela é o Paulo Coelho dos pastores. O Jesus dela é aquela figura kitsch de cabelos longos e olhar esquálido que auxilia mães solteiras e, no mais, se junta ao Partido Social Democrata para marchar contra a guerra e a injustiça".
Nem o próprio Kirchentag, um mega-evento da igreja na Alemanha, escapou do veneno da Spiegel, ao ser qualificado como um encontro que reúne pessoas que "constroem um mundo melhor com o seu artesanato". O evento foi qualificado pela revista como um encontro em que "a gente confecciona utopias em cursos de desenho para mulheres e em eventos de bate-palminhas para salvadores do clima e cristãos de ocasião".
Na verdade, o que incomoda muitos na Europa é o estrondoso sucesso do Kirchentag, que juntou mais de 300 mil pessoas no culto de abertura, nos gramados à beira do rio, em Dresden. A estrela Margot Kässmann também incomoda, porque a sua atitude de entregar o posto de Presidente da Igreja da Alemanha depois de ter sido flagrada dirigindo após ter ingerido duas taças de vinho, ultrapassa a compreensão. Pelo visto, prefere-se o velho jogo de esconder o jogo. E ela nunca foi disso, também não em suas pregações.
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