A revista IstoÉ desta semana (Edição 2170) traz esta extensa reportagem (páginas 76 a 81) sobre documentos inéditos acerca do envolvimento das igrejas evangélicas brasileiras durante o período dos Anos de Chumbo. Havia desde torturados até torturadores. Vale a pena. A enorme pilha de documentos estava em Genebra, na sede do Conselho Mundial de Igrejas, e foi devolvida ao Brasil esta semana. Fazem parte do lote de documentos juntados para o livro Brasil Nunca Mais principalmente cartas entre o pastor presbiteriano Jaime Wright e Dom Paulo Evartisto Arns, num total de dez mil páginas.
Um acréscimo importante a reportagem merece ma linha do tempo da página 79, em relação ao ano de 1970 e da Assembléia da Federação Luterana Mundial, que deveria acontecer no Brasil e foi transferida para Evian por medo do regime. O documento emitido pela IECLB na época foi o "Manifesto de Curitiba", um dos mais importantes documentos já emitidos pela IECLB como reação ao que vinha ocorrendo no Brasil, e que pode ser lido na íntegra no portal www.luteranos.com.br. A carta foi entregue pessoalmente a Médici pelo pastor presidente Karl Gottschald, o pastor Kunnert e o pastor de Brasília, Ernesto Schlieper. Na audiência, não se deixou de dizer da preocupação da IECLB com os rumos do regime e a preocupação com os direitos humanos.
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