quarta-feira, 23 de maio de 2012

O circo e o pobre palhaço

A mega-encenação em torno da transferência do bandido (que a mídia chama de “empresário”) Carlinhos Cachoeira ontem foi patética e dispendiosa. Custou uma fortuna todo aquele aparato policial para trazer o homem da penitenciária de Brasília até o Congresso para ser interrogado pela CPI.

O que impressiona realmente, entretanto, é ver mais uma vez o quanto um bando de seres absolutamente incapazes consegue milhares de votos para sentar-se em cadeiras de deputados. Eu sabia que ele não iria abrir a boca. Você também? Imagino que sim! Francamente, acho que até o meu neto de sete anos saberia disso, se lhe dissessem que “ele não precisa dizer nada, se não quiser”.

E Carlinhos fez isso com uma solenidade de deboche que chega a ser um tapa na cara da nação. “Não vou dizer nada nesta CPI!”

O que fica difícil de entender de verdade é todo o circo que foi montado ontem. Francamente. Acho que queriam dar a Cachoeira o privilégio de um passeio com direito a batedores e proteção policial digna de um presidente. Senão, que outro objetivo teria tudo aquilo?

Agora, vejam abaixo o que se faz quando o “suspeito” não tem grana, é negro, não tem amigos, nem família que o defenda. Vejam e pasmem...



Isso é ridículo. Alguém tem que tomar providência contra a Band e contra essa menina boçal, loira falsa metida a jornalista, que se considera repórter... Isso é um atentado contra os direitos básicos da pessoa humana. É bullying midiático repulsivo. Transformaram o menino num palhaço por conta da sua ignorância de origem social. Esse é o tipo de imprensa que se faz em nossa TV sensacionalista. Revoltante.

5 comentários:

  1. Ó realmente , forçar a barra em uma entrevista é uma tremenda violação aos direitos humanos , muito maior do que estuprar uma pessoa.Não estou defendendo a repórter , porém , se eu te roubar , perco meu direito de exigir a tua honestidade perante a mim , assim como se eu violar os direitos humanos de uma pessoa , eu perco essa condição , ou pelo menos deveria ser assim , como que alguém que viola TODOS os direitos humanos cabíveis , pode permanecer com os seus intactos(?!) , isso é total e absolutamente ridículo.

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  2. Só para complementar o que havia dito acima , nós vivemos em uma sociedade , por isso estamos sujeitos as regras de convívio , violar essas regras é(ou deveria!) ser passível de punição , e quando essas regras são violadas , eu simplismente quebrei esse círculo , e portanto , me coloquei fora dele.Eu não desacredito em direitos humanos , só acho que da forma como estão brigando por eles , é ridículo , pois sou contra a defesa de direitos humanos que busca reduzir a punição de alguém que destrói famílias , estupra , mata , quando não faz coisa pior , e ainda assim , é visto como uma pessoa dotada de "direitos humanos" , sendo que o próprio , está pouco se lixando para isso.

    Daniel.

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  3. Daniel, o preso, SUSPEITO(!) de ter estuprado, deve ser julgado por um juiz, num TRIBUNAL legalmente constituído. Isso é direito humano para ele e para qualquer cidadão. O que fez a repórter? Juntou todos os seus preconceitos e julgou o SUSPEITO diante das câmeras, condenando-o como se fosse uma juíza. Numa sociedade assim, amanhã confundem você com alguém que cometeu um crime e o julgam diante das câmeras, sem direito a defesa. Você acharia justo? Pois é...

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  4. Como eu havia dito , eu não estou defendendo a repórter , pois é claramente fraquíssima , estou tentando fazer mais uma visão geral que tenho sobre o assunto , e a situação de comparação entre "eu" ser confundido com um criminoso é totalmente impossível , visto que o sujeito do vídeo , é um criminoso , pode não ser um estuprador , evidente , mas é um criminoso , diferente de mim(embora tu não me conheças , óbviamente!)tornando-se algo absurdo eu ser colocado em uma situação dessas.

    Daniel.

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    1. Absurdos acontecem, Daniel, ainda mais em se tratando de justiça no Brasil...

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