segunda-feira, 26 de novembro de 2012

São Paulo quer paz!





O Movimento “Paulistanos pela Paz” está convocando as entidades da sociedade civil, religiosas, sindicais, partidos políticos, parlamentares e gestores públicos para participarem de uma manifestação pelo fim da onda de violência e extermínio que tomou conta da cidade de São Paulo. O encontro será hoje, dia 26 de novembro, ao meio dia, no Pateo do Colégio, na capital paulista.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, nos primeiros seis meses desse ano, 147 pessoas foram vítimas de violência policial. O número é 35% maior do que o semestre anterior. Esses dados se refletem na imagem da instituição policial: de cada 10 brasileiros, apenas quatro confiam na polícia, segundo análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA.

A onda de assassinatos iniciou em maio. No começo, foi ignorada pela grande mídia e foi se agravando a cada dia. No mês de junho, as mortes resultantes de ações da Policia Militar aumentaram 53% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Mapa da Violência de 2012.


O estopim teria sido a morte de seis pessoas em uma ação da ROTA (Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar), no dia 29 de maio, sob suspeita de serem integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Testemunhas alegaram que um dos homens foi levado ao Parque Ecológico do Tietê e torturado antes de ser morto. Os policiais foram presos em flagrante pela Corregedoria da PM e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A partir daí, o equilíbrio precário que se tinha das diversas forças foi quebrado por uma violência brutal da ROTA, que executou seis pessoas.

Desde então, instalou-se na Capital uma espécie de lei do velho Oeste, segundo a qual morte é vingada com morte. A guerra instalou-se e mostra uma vitalidade que aparenta estar longe de acabar. O encontro de hoje pretende mostrar a policiais e a bandidos que a sociedade civil está cansada de seu papel de estar bem no meio do tiroteio insano. O encontro mostra também que a sociedade civil não suporta mais tanta incompetência das autoridades que devem controlar e por fim a esta chacina diária.
 

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