Na contramão da história do que vem acontecendo nas igrejas
cristãs, mormente na católica, nas religiões de matriz africana o destaque da
liderança sempre esteve na mão das mulheres. Enquanto no Brasil os metodistas
celebram quatro décadas de sacerdócio feminino e a IECLB lembra 30 anos da
ordenação da primeira mulher pastora, no
candomblé o protagonismo historicamente sempre foi feminino.
Uma interessante reportagem da revista IstoÉ neste final de
semana, entretanto, mostra que isso está mudando nos terreiros. No candomblé,
que desembarcou em salvador dos navios negreiros no século XVIII, cada vez mais
homens estão assumindo o comando dos terreiros. Em algumas capitais, a
estatística já dá mais de 50 por cento aos homens. Esta já é a realidade em
Belo Horizonte (55,5%), em Belém (56,5%), em Recife (54,2%), em João Pessoa
(54%), em Porto Velho (51%).
A fonte das informações é do Mapeamento das Comunidades
Tradicionais de Terrerio do Ministério do Desenvolvimento Social, e serviu de
base para uma tese de doutorado de Nilza Menezes, historiadora especializada em
Ciências da religião da Faculdade Metodista de São Paulo. Um dos principais motivos, segundo a pesquisadora, é o aumento da responsabilidade das mulheres com o sustento das famílias e as atividades fora do lar. O resto da reportagem
de IstoÉ você pode ler aqui.
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