No ano passado uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos após abusos do padrasto, realizou o aborto legal na cidade do Recife. Na época, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, excomungou a garota, a mãe e os médicos que realizaram o procedimento na menina. O estuprador não foi excomungado, embora tivesse nome e endereço e, com certeza, registro de membro na igreja católica.
Agora, o tema do aborto voltou à discussão no Brasil por uma via absolutamente torta e questionável: é usado como golpe abaixo da linha de cintura para derrubar o adversário numa eleição presidencial. Tenta-se ganhar votos com argumentos pseudo-religiosos.
Agora, o tema do aborto voltou à discussão no Brasil por uma via absolutamente torta e questionável: é usado como golpe abaixo da linha de cintura para derrubar o adversário numa eleição presidencial. Tenta-se ganhar votos com argumentos pseudo-religiosos.
Ou são muito burros ou realmente usam de tacanha má fé para não esclarecer a flagrante diferença que há entre apoiar o aborto como meio de controle do crescimento populacional – o que seria criminoso e perfeitamente condenável – e a descriminalização de um ato cometido a rodo neste país, às escondidas, em clínicas clandestinas, longe dos olhos das autoridades, e, sim, como crime cometido bem à vista de uma sociedade de moralidade torta, hipócrita, oportunista e desmedidamente maliciosa, que faz de conta que não enxerga o que está bem à vista. A quem querem enganar com esta conversa? A mim me parece muito claro: ao eleitor, que sequer tem informação para manter o debate sobre o tema num patamar minimamente razoável.
Senão, vejamos.
No primeiros seis meses deste ano, 54.339 mulheres brasileiras foram hospitalizadas em decorrência de tentativas de interrupção de gravidez, abortos provocados (veja bem, a lei proíbe isso e prescreve cadeia para quem se submete ao procedimento e também para quem monta uma clínica clandestina para concluir o ato nefasto). Os métodos mais utilizados são os medicamentos abortivos (falsificados, fabricados sem qualquer controle, vendidos em camelôs), além de chás caseiros e práticas estranhas, como “beber três goles de água e ficar pulando”, até procedimentos altamente perigosos, como a introdução de agulhas e talos, ou a utilização de permanganato de potássio e de substâncias cáusticas. Todos os anos, 250 mulheres brasileiras morrem em decorrência de abortos provocados.
No primeiros seis meses deste ano, 54.339 mulheres brasileiras foram hospitalizadas em decorrência de tentativas de interrupção de gravidez, abortos provocados (veja bem, a lei proíbe isso e prescreve cadeia para quem se submete ao procedimento e também para quem monta uma clínica clandestina para concluir o ato nefasto). Os métodos mais utilizados são os medicamentos abortivos (falsificados, fabricados sem qualquer controle, vendidos em camelôs), além de chás caseiros e práticas estranhas, como “beber três goles de água e ficar pulando”, até procedimentos altamente perigosos, como a introdução de agulhas e talos, ou a utilização de permanganato de potássio e de substâncias cáusticas. Todos os anos, 250 mulheres brasileiras morrem em decorrência de abortos provocados.
Isto não é o que será, se o aborto for descriminalizado. Isto é o que acontece neste momento, neste país hipócrita!
Mesmo assim, tem gente e, entre eles, cristãos (!), muitos cristãos, milhões de cristãos, católicos e evangélicos, que fazem deste um assunto bom para ganhar votos. Todos gente “do bem”!
Em nome das 100 mil brasileiras que, todos os anos, são submetidas a uma legislação absurda que quer mandar para a cadeia (ou excomungar para o inferno) meninas em pânico com uma gravidez fruto de abuso sexual do padrasto (muitas vezes sob a bênção da própria mãe da menina) e que, por isso, agridem o próprio corpo com agulhas de tricô ou soda cáustica, declaro aqui que sou inteiramente a favor da descriminalização do aborto no Brasil.
Não faço isto para defender qualquer partido, pois não sou nem jamais fui filiado a nenhum partido. Tenho posição e opinião independentes e procuro me informar sobre a realidade, de preferência longe, bem longe das fontes que a maioria anda lendo por aí e aplaudindo entusiasmada, como uma patética torcida de futebol.
Mesmo assim, tem gente e, entre eles, cristãos (!), muitos cristãos, milhões de cristãos, católicos e evangélicos, que fazem deste um assunto bom para ganhar votos. Todos gente “do bem”!
Em nome das 100 mil brasileiras que, todos os anos, são submetidas a uma legislação absurda que quer mandar para a cadeia (ou excomungar para o inferno) meninas em pânico com uma gravidez fruto de abuso sexual do padrasto (muitas vezes sob a bênção da própria mãe da menina) e que, por isso, agridem o próprio corpo com agulhas de tricô ou soda cáustica, declaro aqui que sou inteiramente a favor da descriminalização do aborto no Brasil.
Não faço isto para defender qualquer partido, pois não sou nem jamais fui filiado a nenhum partido. Tenho posição e opinião independentes e procuro me informar sobre a realidade, de preferência longe, bem longe das fontes que a maioria anda lendo por aí e aplaudindo entusiasmada, como uma patética torcida de futebol.
Temos milhões de problemas num país que quer, desesperadamente, livrar-se de seu subdesenvolvimento. E debater a temática do aborto com sobriedade, inteligência, conhecimento de causa e, antes de mais nada, longe de fundamentalismos patéticos, é um bom começo para nós. Como ponto de partida, é um tema muito sério para ser debatido no calor de uma campanha conduzida por marqueteiros e jogadores de pôquer. Por isso, chega desse assunto durante a campanha. Ou amadurecemos, ou nossa estupidez nos devorará.
"A lei judaica considera o aborto como a matança de uma vida humana." (Rabino David B. Hollander, professor de Sociologia e Capelão da Força Aérea dos Estados Unidos da América).
ResponderExcluira questão da menina no Pernambuco reacendeu um debate que muitos procuram promover, muito embora seja anticonstititucional e contrário ao direito à vida. De minha parte não me julgo no direito de debater este caso em particular, pois entendo que é, pelas suas características, de atribuição médica.
Quanto ao PT - Partido dos Trabalhadores, que se caracteriza por não assumir responsabilidades, ao invés de lutar pelo planejamento familiar, conforme determinado no artigo 226 de nossa Constituição Federal, prefere adotar o assassiato intrauterino como método anticoncepcional. E o que é pior, mesmo intenamento se mostra antidemocrático, pois perseguiu dois de seus deputados que adotam a decisão de serem pró-vida: Henrique Afonso (AC) e Luiz Bassuma (BA) Como partido totalitário que é, o PT impõe a sua doutrina socialista (cf. art. 1º do Estatuto do PT) e portanto, anticristã, a todos os filiados.
Tenho observado uma voz isolada no meio católico, pode ser impressão minha, mas destaco a forma com que o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz luta pelos valores cristãos.
Em http://www.providaanapolis.org.br/ptotal.htm pode-se ler como o PT, por diversas vezes, impediu que seus membros pusessem obstáculo à sua agenda abortista. Veja-se o caso de Hélio Bicudo, Djalma Cotinguiba Araújo, Marina Silva, Ângela Guadagnin... O totalitarismo petista ficou patente por ocasião da votação da Reforma da Previdência, em que parlamentares foram punidos por atender ao pedido dos eleitores, desobedecendo às diretrizes do Partido. A triste história encontra-se em http://www.providaanapolis.org.br/aquemp.htm
http://www.youtube.com/watch?v=x8JEcU1v7FY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=-uZWoifWprU&feature=related