segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Como se explica o ano bissexto
O ano de 2012 é outro daqueles anos „bissextos“, que tem 29 dias. Segundo a regra, cada ano divisível por 4 é ano bissexto. Exceção à regra são os algarismos dos anos com centenas redondas, a não ser que sejam divisíveis por 400. Segundo esse princípio, o ano de 1900 não foi considerado ano bissexto. Já o ano 2000 entrou na lista deles, e o mesmo irá acontecer com o ano de 2400. Os anos de 2100, 2200 e 2300, apesar de estarem na vez de terem 29 dias em fevereiro, não o terão. Isso é necessário para compensar um restinho de dia que falta, apesar de um dia a mais a cada quatro anos.
A explicação para essa construção do calendário dos anos bissextos é dada pela astronomia: A Terra percorre 940 milhões de quilômetros todos os anos, durante sua órbita ao redor do Sol. Ela faz esse percurso a uma velocidade de 107.000 quilômetros horários e utiliza 365,24 dias para essa viagem. Um ano normal tem 365 dias. Os restantes 0,24 de dia vão sendo somados até formarem um quase novo dia inteiro, o que se completa a cada quarto anos. Por isso, cada quarto ano é ano bissexto, com 366 dias completos. Isso se dá em 2012, que tem um fevereiro com 29 dias. As exceções nas mudanças de século permitem compensar o fato de quatro 0,24 de dia não somarem um dia completo.
O calendário internacional hoje adotado no mundo na economia e nas ciências está em vigor desde a reforma do calendário adotada pelo papa Gregório XIII (1502-1585). A reforma foi adotada depois que sábios e astrônomos incrementaram o calendário Juliano em 1582, instituído pelo imperador Júlio Cesar em 46 a. C.
O imperador Júlio Cesar trouxe as ideias para o seu calendário do Egito, onde era usado um calendário baseado no Sol, com doze meses e diversos anos bissextos.
Mas, como é que justamente fevereiro foi o mês escolhido para receber o dia de número 366? Um dezembro com 32 dias até que seria bem interessante também, não? Pois foi justamente por isso que Júlio César escolheu o mês de fevereiro, uma vez que era o último mês do calendário romano, cujo ano novo começava no dia 1 de março. Testemunhas disso até os nossos dias são os nomes dos meses setembro a dezembro que, contados a partir de março, eram o sétimo, o oitavo, o nono e o décimo mês, respectivamente. Enquanto esses nomes permaneceram, o início do ano foi antecipado em dois meses.
Vale dizer também que a vaidade dos imperadores romanos influenciou o calendário que hoje conhecemos. Eles roubaram um dia de fevereiro para emprestar ao mês de agosto. Motivo? O mês de julho, na sequência lógica de 31 e 30 dias nos meses, tinha 31 dias. Seu nome reverenciava o imperador Júlio César. Seu sucessor, César Augusto, escolheu o mês seguinte em sua homenagem. Mas como não queria ter um mês com somente 30 dias em sua homenagem, reduziu um dia no mês de fevereiro e o adicionou ao mês de agosto.
O planeta Terra, entretanto, não está nem aí para essas nuances do nosso calendário. Ela continua girando em torno do próprio eixo e ao redor do Sol, sempre em direção à esquerda a partir da estrela Polar, no sentido anti-horário. No início de janeiro ela atinge o seu ponto mais próximo do Sol, com uma distância de 147,1 milhões de quilômetros, e no início de julho o seu ponto mais distante do Astro Rei, com 152,1 milhões de quilômetros. No seu ponto mais próximo do Sol ela atinge sua velocidade máxima (30,3 km/seg.) e no seu ponto mais distante ela torna-se um quilômetro por segundo mais lenta (29,3 km/seg.).
(Com informações do Evangelischer Pressedienst)
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