Rio de lixo: Criança na periferia de Luanda (Angola).
As metrópoles no mundo inteiro apresentam infinitos problemas urbanos. Um dos mais dramáticos, entretanto, é o vivido pelas crianças. Um bilhão delas vivem nas periferias dos maiores aglomerados urbanos do planeta. Isso corresponde à metade de todas as crianças da Terra. Uma em cada três dessas crianças vive numa favela, sem poder usufruir das oportunidades que oferece a vida numa grande cidade.
Duas crianças numa favela na Cidade do Cabo (África do Sul).
O relatório do UNICEF sobre “A Situação das Crianças no Mundo em 2012”, ocupa-se com a vida das crianças nessas metrópoles, o que para muitas delas é o mesmo que uma vida na miséria. Elas nascem e crescem nas periferias. As fotos do UNICEF falam por si mesmas.
Ganhar o sustento: Crianças ganham a vida como malabaristas em Salvador.
É uma realidade dramática e crescente. Se há meio século somente 30 por cento das crianças viviam nessas periferias, o relatório do UNICEF revela que, pela primeira vez na história, há mais crianças crescendo nas cidades do que no campo. A migração do campo para as cidades faz com que estas cresçam, sem acompanhar tal crescimento com a infra-estrutura equivalente. Isso aumenta o abismo entre ricos e pobres. Quem menos se beneficia das promessas de vida melhor na cidade são justamente as crianças. Faltam escolas, água limpa, instalações sanitárias adequadas, eletricidade e comida. Sobram violência, exploração, doenças e subnutrição.
Sucata para sobreviver: Menina recolhe um pedaço de metal em Kirkuk (Iraque).
Muitas delas nem existem oficialmente, porque em alguns países cada segunda criança nascida em favela nem sequer é registrada. O resultado é ausência total de proteção. Tais crianças crescem num ambiente de criminalidade, expulsão, abusos, estupros e venda pura e simples. Muitas dessas crianças dependem somente de si mesmas para sobreviver, nas ruas, ao relento, em completo abandono ou em regime de escravidão infantil.
Carrinho de catador: Criança recolhe recicláveis em Hyderabad (Índia).
As metrópoles tornam-se espaço de miséria para cada vez mais crianças em todo o mundo. O resultado direto é que a mortandade infantil nas favelas é, segundo o UNICEF, muito maior do que em ambiente rural. Nessas favelas mais da metade das crianças (54 por cento) apresentam um quadro severo de desnutrição e retardo mental.
Favela na Colômbia: As cidades crescem e a infra-estrutura não acompanha.
Com informações da revista Der Spiegel
Imagens Divulgação UNICEF
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