terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bolsa Família também nos EUA


UMA REVELAÇÃO DESCONCERTANTE para os que desqualificam o Bolsa Família como um programa paternalista, que ajuda vagabundos e desocupados. Um artigo publicado no Wall Street Journal, no dia 4 de novembro, dá conta de que 42.389.619 cidadãos norte-americanos dependem de Food Stamps para comer. O texto é da jornalista Sara Murray. A mesma informação também foi mostrada no Globo Repórter, na última sexta-feira (19 de novembro), de uma forma muito sutil e disfarçada, como se não fosse o que de fato é, ou seja, ajuda humanitária para os miseráveis que hoje vivem nos EUA.

“O número dos que recebem o cupom de comida (Food Stamps, a versão americana do Bolsa Família) cresceu em agosto, as crianças tiveram acesso a milhões de almoços gratuitos e quase cinco milhões de mães de baixa renda pediram ajuda ao programa de nutrição governamental para mulheres e crianças. Foram 42.389.619 os americanos que receberam food stamps em agosto, um aumento de 17% em relação a um ano atrás, de acordo com o Departamento de Agricultura, que acompanha as estatísticas. O número cresceu 58,5% desde agosto de 2007, antes do início da recessão”, escreve o jornal.

Justamente a capital dos EUA, Washington DC, tem o maior número de residentes recebendo food stamps: mais de um quinto da sua população, 21,1%, recebeu assistência em agosto. Em segundo lugar vem o Mississipi, onde 20,1% dos moradores receberam food stamps, e o Tennessee, onde 20% dos residentes buscaram ajuda do programa de nutrição.

O benefício nacional médio por pessoa foi de 133,90 dólares em agosto. Por domicílio, foi de 287,82 dólares. Os cupons se tornaram um último refúgio para os trabalhadores que perderam o emprego, particularmente entre os que já perderam o direito ao seguro-desemprego.

Também a merenda escolar entrou na cesta básica de muitas famílias americanas. Mesmo durante as férias de verão as crianças foram às escolas para garantir a merenda. Cerca de 195 milhões de almoços foram servidos em agosto nas escolas, 58,9% deles de graça e 8,4% a preço reduzido.

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