quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma conferência que busca a paz no campo


Começou hoje, às 9 horas, a VI Conferência da Paz no Brasil, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). O tema da conferência é “Direitos Humanos e Participação Popular: Por um Limite da Propriedade da Terra”. O objetivo é refletir sobre a concentração de terras nas mãos de poucos e como este cenário desigual reflete na questão dos Direitos Humanos.

Entre os convidados, estão o deputado Michel Temer (PMDB/SP), o padre Dirceu Fumagali, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o deputado Nazareno Fonteles (PT/PI); Iradj Eghrari, da Comunidade Baha’i, Daniel Seidel, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), o Juiz de Direito Marlon Jacinto Reis, Luiz Bassegio, do Plebiscito Popular, Marcelo Lavenère, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Gilberto Portes, do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), e o assessor de Direitos Humanos do CONIC, Everardo de Aguiar Lopes, além do secretário geral e do presidente do CONIC, Rev. Luiz Alberto Barbosa e P. Sin. Carlos Augusto Möller.

Além de chamar a atenção para a questão da terra, a iniciativa deve lançar, ao final do dia de hoje, um Documento Oficial que refletirá a questão, apontando alternativas e soluções para este que é um problema crônico do país. “A concentração de terras no Brasil gera diversos problemas que apenas refletem a inoperância do Estado em lidar com a situação. A favelização das cidades, o aumento da criminalidade, a questão do trânsito caótico das grandes metrópoles, poluição atmosférica, ilhas de calor, etc, tudo isso tem, direta ou indiretamente, relação com a questão fundiária. Ou enfrentamos esse problema o quanto antes, ou veremos a perpetuação de mazelas sociais como a miséria, a fome, a prostituição infantil, entre outras”, disse o Rev. Luiz Alberto Barbosa.

Para o presidente do CONIC, o direito à terra é algo divino. “A terra, como diz o Salmo 24, é de Deus. Desta forma, a VI Conferência da Paz visa dar subsídios para uma reflexão produtiva e eficiente acerca do tema proposto. Precisamos instrumentalizar as pessoas sobre o assunto. Posso dizer, com toda certeza, que essa é uma iniciativa que aponta mais uma vez para atuação profética do CONIC na defesa dos Direitso Humanos e na promoção de uma Cultura de Paz”, disse o pastor Carlos Möller.

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