O apresentador da TV Bandeirantes, José Luís Datena, começou no dia 27 de julho, uma guerra improdutiva e cheia de ignorância contra os ateus. Ao comentar crimes hediondos, Datena resolveu criar uma enquete para ver quem acredita ou não em Deus. Quando o número de ateus superou as suas expectativas, Datena resolveu incentivar os fiéis a ligar para confirmar a sua fé em Deus.
No meio da argumentação, Datena forçou diversas vezes a barra, insinuando que toda a violência tem origem na descrença. Ao ver a sua enquete ter mais de mil ateus, ele lascou: “Aposto que muitos desses estão ligando da cadeia”. Entre muitos outros disparates do gênero, Datena afirmou que só quem não acredita em Deus é capaz de cometer crimes, comparando os ateus a “pessoas do mal”, “assassinos”, “bandidos” e “estupradores”, e não se conteve em dar a entender que, em sua opinião, a culpa da violência e da corrupção no Brasil é dos ateus.
Além de fazer uma velha confusão entre ateísmo e descrença, coisa bastante comum também entre os cristãos mais fanáticos, Datena jogou gasolina na falsa idéia de que todo o mal do mundo vem dos ateus e todo o bem vem daqueles que acreditam em Deus ou em algum tipo de deus.
Somente para citar um caso recente, que saiu na revista Veja (Matéria de Capa sobre o tema Culpa), o assassino de Cláudia Peres, Guilherme de Pádua, trabalha hoje, depois de cumprir a sua pena, como assessor de informática de uma comunidade da Igreja Batista e está se preparando para ser missionário e pastor daquela igreja. Um fervoroso crente, portanto. Junto dele, milhares de outros presos acreditam em Deus ou se convertem na cadeia, muitos deles voltando ao crime depois de libertados e, pasmem, convertidos.
Se fosse somente isso, Datena já teria argumento suficiente para perceber que sua visão, além de desinformada, é desastrada e preconceituosa.
Mas há muito mais a considerar. Talvez, muitos ateus extremamente corretos, honestos, cumpridores da lei, cidadãos e engajados em causas sociais humanitárias ao redor do globo, tenham perdido a fé em Deus por puro desencanto.
No meio da argumentação, Datena forçou diversas vezes a barra, insinuando que toda a violência tem origem na descrença. Ao ver a sua enquete ter mais de mil ateus, ele lascou: “Aposto que muitos desses estão ligando da cadeia”. Entre muitos outros disparates do gênero, Datena afirmou que só quem não acredita em Deus é capaz de cometer crimes, comparando os ateus a “pessoas do mal”, “assassinos”, “bandidos” e “estupradores”, e não se conteve em dar a entender que, em sua opinião, a culpa da violência e da corrupção no Brasil é dos ateus.
Além de fazer uma velha confusão entre ateísmo e descrença, coisa bastante comum também entre os cristãos mais fanáticos, Datena jogou gasolina na falsa idéia de que todo o mal do mundo vem dos ateus e todo o bem vem daqueles que acreditam em Deus ou em algum tipo de deus.
Somente para citar um caso recente, que saiu na revista Veja (Matéria de Capa sobre o tema Culpa), o assassino de Cláudia Peres, Guilherme de Pádua, trabalha hoje, depois de cumprir a sua pena, como assessor de informática de uma comunidade da Igreja Batista e está se preparando para ser missionário e pastor daquela igreja. Um fervoroso crente, portanto. Junto dele, milhares de outros presos acreditam em Deus ou se convertem na cadeia, muitos deles voltando ao crime depois de libertados e, pasmem, convertidos.
Se fosse somente isso, Datena já teria argumento suficiente para perceber que sua visão, além de desinformada, é desastrada e preconceituosa.
Mas há muito mais a considerar. Talvez, muitos ateus extremamente corretos, honestos, cumpridores da lei, cidadãos e engajados em causas sociais humanitárias ao redor do globo, tenham perdido a fé em Deus por puro desencanto.
Mas não se trata em primeiro lugar de desencanto com o Criador. Talvez, entre os motivos esteja o fato de nós, cristãos, não nos termos esforçado nem um pouquinho para dar um testemunho minimamente convincente de que a nossa fé em Deus transforma as pessoas, tornando-as mais justas, honestas ou, mesmo, de boa índole. Histórias cabeludíssimas do passado e do presente não faltam para comprovar o que afirmo.
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