quinta-feira, 31 de maio de 2012

Paz ameaçada na Europa


Os grandes institutos de pesquisa para a paz vêem na crise financeira uma ameaça para a estabilidade da União Europeia. “A crise é uma ameaça para a paz na Europa”, afirma Margret Johannsen, do Instituto de Hamburgo para a Pesquisa para a Paz e Política de Segurança, no dia 22 de maio, em Berlim.

Os pesquisadores acusam os governos da UE de proteger os bancos enquanto submetem países inteiros a um duro regime de privações econômicas, colocando toda a Europa sob um dramático regime de pressão por poupança, forçando os países mais fracos a uma recessão absurda e à desconstrução de um estado social.

Segundo Johannsen, reina uma “absurda falta de solidariedade”, especialmente dos economicamente bem-sucedidos estados do norte contra os do sul do continente. Em nome da paz, uma mudança nessa política financeira é urgente.

Outro ponto crítico para o futuro da paz na Europa é a política de migração. A Europa está se fechando, inclusive para um trabalho de maior cooperação com os países da chamada “primavera árabe”.

Os estudiosos da paz também criticam a incapacidade da Europa em lidar de forma parceira com os países emergentes, como a China, e até com atores como bancos e agências de avaliação. Isso questiona a capacidade da política de dirigir os destinos do mundo, afirmam. Eles exigem uma postura mais responsável dessas novas potências, bem como novos esforços para o controle de armas e o desarmamento mundial.

Os pesquisadores da paz também qualificaram as ameaças de Israel de ataques aéreos às instalações nucleares do Irã como atentado ao direito dos povos. Não há alternativa que substitua a diplomacia. O grupo sugere abandonar a exigência de que o Irã desista do enriquecimento de urânio em troca de autorizar inspeções regulares às suas instalações.

Segundo a análise dos pacifistas, também não seria recomendável resolver a crise síria com uma intervenção militar na região. As consequências para a região seriam difíceis de quantificar. Uma solução de “paz suja”, segundo o modelo do Líbano, poderia conduzir a uma guerra civil interminável, advertem.

Sempre foi assim. Onde há dinheiro, ou a falta dele, há briga.

2 comentários:

  1. Pois é , a crise sempre trouxe(e provavelmente sempre trará!) na Europa o fortalecimento dos extremos , tanto os de direita , quanto os de esquerda , pois as pessoas ficam "desamparadas" e frágeis , logo , ideais populistas fazem muitíssimo bem seu papel em influenciar as massas , embora que eu acho pouco provável de se repetirem algumas coisas que já vimos na história da Europa , mas é sempre algo a se prestar atenção.

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  2. Esqueci de me identificar acima , de novo.

    Daniel.

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