Está programada para as 23 horas de hoje (21 horas no horário local) a execução de Teresa Lewis, a primeira mulher a ser executada no estado da Virgínia em quase um século e a primeira nos EUA desde 2005. Segundo a condenação, ela contratou os assassinos que mataram o seu marido e o seu enteado há oito anos. O advogado de Teresa garante que ela é deficiente mental.
Teresa tinha 33 anos quando seu marido, Julian Lewis Jr., de 51, e seu filho Charles Lewis, de 25 – um reservista das Forças Armadas dos EUA –, foram assassinados en seu homecar. Matthew Shallenberger (21) e Rodney Fuller (20) puxaram os gatilhos. Eles foram contratados por Teresa, que iniciou um namoro com os dois num supermercado, combinando com eles o assassinato, prometendo pagamento e parte do seguro de vida que receberia. Ela também teria dado 1.200 dólares para que os dois comprassem as armas e deixou a porta do trailer aberta na noite do assassinato. Depois dos tiros ela repartiu os 300 dólares do caixa do marido aos assassinos e chamou a emergência 45 minutos depois.
Agora o tempo passa depressa. As autoridades correcionais da Virgínia se preparam para aplicar-lhe a injeção letal, mesmo com os protestos da União Europeia e as repercussões que o caso vem tendo no Irã. Teresa, que hoje tem 41 anos, aguarda o horário marcado no Centro Correcional Greensville em Jarrat. O governador Bob McDonnell negou-se a intervir para salvar a mulher e a Corte Suprema negou todas as suas apelações, a última delas recusada ainda nesta semana por 7 votos a 2.
Virginia tem a segunda câmara de execuções mais ativa dos EUA e o caso de Teresa tem gerado grande repercussão, especialmente pelas versões que a classificam como no limite da deficiência mental, sem capacidade mental para orquestrar as mortes. Ela tem 72 de coeficiente mental e a justiça marca em 70 o valor que declara uma pessoa inimputável criminalmente.
A União Europeia pediu ao governador que comutasse sua pena para prisão perpétua, apoiando a tese da incapacidade mental. O embaixador da UE escreveu na carta que a União “considera que a execução de pessoas com transtornos mentais de todo tipo contradiz as normas mínimas dos directos humanos”.
Como não poderia deixar de ser, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad acusou a imprensa occidental de hipocrisia. Comparou a escassa cobertura dada ao caso de Teresa à verdadeira campanha propagandística promovida no caso da mulher iraniana que seria apedrejada por adultério, cuja sentença Teerã suspendeu diante da pressão internacional. “Enquanto isso, ninguém objeta o caso de uma americana que será executada”, disse ele num discurso diande de cléricos islâmicos e ouras personalidades em Nova York.
Ora de um lado, ora de outro, os cenários se repetem de modo muito semelhantes, tudo muito bem fundamentado sobre a base do fundamentalismo. Em ambos os caos, o que menos importa são os direitos humanos. A velha lei do Talião (olho por olho, dente por dente), já condenada por Jesus, continua em vigor dois mil anos depois...
Teresa tinha 33 anos quando seu marido, Julian Lewis Jr., de 51, e seu filho Charles Lewis, de 25 – um reservista das Forças Armadas dos EUA –, foram assassinados en seu homecar. Matthew Shallenberger (21) e Rodney Fuller (20) puxaram os gatilhos. Eles foram contratados por Teresa, que iniciou um namoro com os dois num supermercado, combinando com eles o assassinato, prometendo pagamento e parte do seguro de vida que receberia. Ela também teria dado 1.200 dólares para que os dois comprassem as armas e deixou a porta do trailer aberta na noite do assassinato. Depois dos tiros ela repartiu os 300 dólares do caixa do marido aos assassinos e chamou a emergência 45 minutos depois.
Agora o tempo passa depressa. As autoridades correcionais da Virgínia se preparam para aplicar-lhe a injeção letal, mesmo com os protestos da União Europeia e as repercussões que o caso vem tendo no Irã. Teresa, que hoje tem 41 anos, aguarda o horário marcado no Centro Correcional Greensville em Jarrat. O governador Bob McDonnell negou-se a intervir para salvar a mulher e a Corte Suprema negou todas as suas apelações, a última delas recusada ainda nesta semana por 7 votos a 2.
Virginia tem a segunda câmara de execuções mais ativa dos EUA e o caso de Teresa tem gerado grande repercussão, especialmente pelas versões que a classificam como no limite da deficiência mental, sem capacidade mental para orquestrar as mortes. Ela tem 72 de coeficiente mental e a justiça marca em 70 o valor que declara uma pessoa inimputável criminalmente.
A União Europeia pediu ao governador que comutasse sua pena para prisão perpétua, apoiando a tese da incapacidade mental. O embaixador da UE escreveu na carta que a União “considera que a execução de pessoas com transtornos mentais de todo tipo contradiz as normas mínimas dos directos humanos”.
Como não poderia deixar de ser, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad acusou a imprensa occidental de hipocrisia. Comparou a escassa cobertura dada ao caso de Teresa à verdadeira campanha propagandística promovida no caso da mulher iraniana que seria apedrejada por adultério, cuja sentença Teerã suspendeu diante da pressão internacional. “Enquanto isso, ninguém objeta o caso de uma americana que será executada”, disse ele num discurso diande de cléricos islâmicos e ouras personalidades em Nova York.
Ora de um lado, ora de outro, os cenários se repetem de modo muito semelhantes, tudo muito bem fundamentado sobre a base do fundamentalismo. Em ambos os caos, o que menos importa são os direitos humanos. A velha lei do Talião (olho por olho, dente por dente), já condenada por Jesus, continua em vigor dois mil anos depois...
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