Teresa foi executada ontem à noite, com 13 longos minutos de atraso, às 23h13min (horário de Brasília). Mais um lamentável capítulo da degradante história da pena de morte, o direito que o Estado se outorgou de decidir quem pode viver e quem deve morrer, apesar dos flagrantes erros já cometidos com a condenação de inocentes à morte. No meu entender, não há nenhuma diferença entre a injeção letal que tirou a vida de Teresa e a lapidação islâmica.
Não cabe a mim julgar os atos de Teresa. Se ela foi culpada ou inocente, pouco importa aqui. Não se trata de fomentar a impunidade, tampouco.Também não tem nenhuma importância medir o seu coeficiente mental. Se ela tem 70% ou 72% de capacidade de ser responsabilizada por seus atos, não importa. Não é o caso de termos pena dela ou de nos comovermos com sua condição de incapaz.
O que importa realmente, neste caso e em todos os outros, é a imoralidade da pena de morte. É comprovado que ela não reduziu os índices de criminalidade. É comprovado que muitas pessoas já foram executadas no mundo inteiro anunciando, ainda no cadafalso, que são inocentes. E depois ficou claro que realmente eram. Está claro, portanto, que a justiça, além de cega, é injusta.
Por isso, no dia de hoje, ergo minha voz contra a pena de morte. A prisão perpétua dá uma última chance a um inocente de, em algum momento, conseguir provar que não cometeu o crime de que está sendo acusado. Quem está morto, não o pode mais. A vida pertence a Deus. Pode parecer piegas, mas, neste caso, eu sou muito piegas.
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