sexta-feira, 22 de julho de 2011

Doação

Ninguém é tão pobre, nem deveria ser tão mesquinho, que não pudesse doar alguma coisa a alguém necessitado.

Nem o morto está morto para a doação.

Já sem livre-arbítrio, o morto não pode negar-se à doação.

É forçado a desfazer-se da família, dos amigos, das posses. É forçado a doar o seu sangue, as suas carnes e os seus ossos aos vermes da terra.

Doar é participar alegremente da inexcusável essência do Ein Sof, a Luz Infinita.

Charles Kiefer, escritor gaúcho (daqui)

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