quinta-feira, 8 de março de 2012

Faltam mulheres na política


Algumas informações importantes para este Dia Internacional da Mulher. Menos de um quinto dos parlamentares do mundo é constituído de mulheres, segundo dados divulgados pela União Interparlamentar e pela ONU Mulheres, em Genebra (Suíça), no dia 2 de março. O número de deputadas cresceu de 19 para 19,5 por cento no ano passado, revela a pesquisa.

Nos países árabes a participação das mulheres nos parlamentos chega a meros 10,9 por cento. Embora as mulheres estivessem nas primeiras filas dos protestos na recente primavera árabe, a eleição delas para a vida política ainda é um passo a ser conquistado no Oriente Médio.

Ao contrário do que se deveria esperar, o número de deputadas eleitas nas últimas eleições na Tunísia e Egito caiu drasticamente. Em Cairo especialmente sobraram somente dez mulheres no parlamento. Nos tempos do ditador Mubarak elas eram 64, num universo de 508 parlamentares. As mudanças na legislação eleitoral permitiram essa redução.

Apesar de o Brasil ter mulheres em pontos-chave da administração federal, a começar pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e das dez ministras que fazem parte de seu governo, a atual bancada feminina na Câmara Federal representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, dentre os 81 lugares.

De acordo com a representante do Brasil nos organismos internacionais em Genebra, embaixadora Maria Nazaré Farani, que acompanhou a apresentação do relatório, é preciso reconhecer que, nesse tema, o Brasil não conseguiu avançar muito. “Temos uma mulher como presidenta da República, temos duas mulheres ocupando as vice-presidências do Senado e da Câmara, mas o número de deputadas e senadoras é muito baixo, apesar de as mulheres serem maioria da população”, disse ela.

Segundo o relatório, ainda, o número de mulheres no comando de nações, como primeiras ministras e presidentas, no mundo inteiro cresceu levemente entre 2005 e 2011, passaqndo de 14,2 para 16,7 por cento.

Ainda segundo a pesquisa, os países que estabeleceram cota mínima de representantes mulheres na política nacional têm um índice de 27,4 por cento de mulheres nos seus parlamentos, comparado a somente 15,7 por cento nos países sem cota. A entidade parlamentar internacional reúne mais de 150 parlamentos de todo o mundo.

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