No dia de hoje, 19 de agosto, celebra-se o Dia Mundial Humanitário, data eleita pela Assembleia Geral da ONU, em recordação ao atentado de 19 de agosto de 2003, en Bagdá, no qual 22 pessoas membros daquele organismo internacional morreram, incluído o chefe do escritório da ONU no Iraque, o diplomata brasileiro Sérgio Viera de Mello.
Mais do que a comemoração de um acontecimento trágico ocorrido há oito anos, é uma forma de chamar a atenção para um fato ainda grave: desde aquela data, a violência contra os trabalhadores humanitários cresceu como nunca antes. Em 2010, 206 personas foram vítimas de raptos e de ataques que deixaram 122 pessoas mortas. No Sudão, Afeganistão, Somália, Sri Lanka, Chade, Iraque e Paquistão ocorreram três quartos dos ataques contra pessoal humanitário. Infelizmente, o trabalho humanitário está entre as atividades de maior risco no mundo.
O evangelho diz que «não há amor maior que dar a vida pelos amigos» (João 15.13). Maior ainda é aquele amor que arrisca a vida para atender as necesidades de outras pessoas a quem, na maioria dos casos, nunca se havia visto ou conhecido antes. Por certo, o amor é o princípio constitutivo da fé cristã. O apóstolo Paulo lista que as três principais virtudes são a fé, a esperança e o amor (1 Coríntios 13), mas que destas, a maior é o amor.
O apóstolo refere-se a um amor que deve estar bem além da simples caridade assistencialista (própria de alguns proselitismos cristãos), que deve trascender o protagonismo dos que se creen mais fortes (típica do humanitarismo dos países mais ricos) e que deve assumir as conotações sociais e políticas (sempre presentes em contextos de pobreza e sofrimento). Um amor, em resumo, como o de Jesús, Mestre e Senhor de muitas das organizações de serviço (ONGs e outras) que trabalham no campo humanitário como uma expressão do testemunho do amor de Deus ao mundo. A elas nos juntamosd para celebrar seu ministério de amizade e de serviço neste dia.
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