quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Caixa erra com Machado branco



Depois de pisar na bola com força numa campanha publicitária pelos 150 anos da instituição, a Caixa Econômica Federal (CEF) veio a público pedir desculpas. Retirou do ar a peça publicitária em que Machado de Assis é apresentado como um dos primeiros clientes, poupadores e aplicadores do banco. Até aí nada demais. O que faltou, foi cuidado na produção da peça, em que o ator que representa o grande escritor brasileiro é branco. Todos sabem que Machado era afro-descendente, embora já na época de sua existência isso era cuidadosamente ocultado (saiba mais aqui).

Diversas pessoas denunciaram o fato como discriminação e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República acolheu queixa a respeito, encaminhando pedido à CEF para que se desculpe. O banco suspendeu hoje a veiculação do referido anúncio, em que a atriz Glória Pires faz a narração. Vitória dos movimentos que lutam por igualdade.

Desculpas pedidas, desculpas aceitas. Mas o pedido ainda não foi completo, uma vez que toda a história da "Poupança dos Escravos", de que a CEF se orgulha, pode ter usado ilegalmente a miséria de muitos poupadores para enriquecer a instituição, enquanto esses nem sequer podiam ter a tal poupança no próprio nome. O assunto da poupança dos escravos foi elevado ao status de orgulho da CEF em anúncio anterior a este, agora retirado do ar.

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